Segundo estudo da ONG Sea Shepherd, as hastes plásticas convencionais estão hoje entre os dez itens mais encontrados em limpezas de praia mundialmente
A Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza, acaba de lançar mais um produto visando a proteção do oceano: as hastes flexíveis ecológicas. Feitas de papel e com pontas de algodão puro, as hastes devem fornecer alívio, principalmente, ao meio ambiente, que recebe o descarte incorreto de produtos à base de plástico. Dados divulgados em março deste ano pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em uma pesquisa realizada em 2020, mostram que 70% dos resíduos encontrados no litoral brasileiro são compostos por plásticos.
O levantamento da Abrelpe apontou que houve queda no descarte de detritos descartáveis em 2020 e leis que restringem o uso do plástico podem ser uma das protagonistas do sucesso. “A gente sabe que ainda falta muito pra limpar definitivamente os oceanos e a indústria precisa educar o consumidor, a indústria precisa erradicar o uso do plástico virgem. A nossa proposta é essa”, diz Marcella Zambardino, Co-CEO da Positiv.a, empresa que está lançando as hastes flexíveis ecológicas, uma das protagonistas na poluição marinha. “Tem muito descarte de hastes no ambiente terrestre e isso vai parar nos oceanos, prejudicando o meio ambiente e a vida de vários animais”, completa.
As hastes plásticas levam séculos para se decompor – e têm se acumulado em ritmo acelerado. Segundo estudo da Sea Shepherd, as hastes convencionais estão hoje entre os dez itens mais encontrados em limpezas de praia mundialmente. Além disso, todos os anos mais de nove milhões de plásticos chegam ao oceano, matando 1 milhão de aves marinhas e mais de 100 mil animais marinhos.
As hastes flexíveis são úteis para muitas funções: limpeza de partes estreitas do corpo de adultos, crianças e pets, aplicação de maquiagem, colírio, entre outras. As hastes ecológicas da Positiv.a são feitas de papel compostável, biodegradável e reciclável, e com pontas de algodão macio e absorvente, com tratamento antigerme. A caixinha é vendida no site da empresa por R$ 9,99. Parte do lucro das vendas das hastes flexíveis ecológicas será revertido para a Sea Shepherd Brasil, uma das principais ONGs do mundo que defende e conserva os oceanos e a vida marinha.
“O cuidado com o oceano sempre esteve muito presente na Positiv.a: nossos frascos plásticos são feitos de material 100% reciclado e reciclável; também temos uma linha de produtos feitos com redes de pesca reutilizadas – material que muitas vezes não é descartado da forma adequada, e que ficaria por séculos poluindo o oceano e colocando em risco a vida marinha – e encontramos uma forma de transformá-lo em produtos como os saquinhos para compras a granel e o esfregão para limpeza pesada, prolongando a vida útil do material. Hoje, nós lançamos mais uma alternativa ecológica para facilitar o dia a dia do consumidor sem prejudicar o meio ambiente”, explica Zambardino.
A Positiv.a está no mercado para desenvolver produtos que não agridam o meio ambiente, desde as embalagens até os próprios produtos, que quando encontrados com a natureza não a prejudicam. Pelo contrário, a empresa auxilia até mesmo na retirada de materiais que poluem os oceanos, como é o caso das redes de pesca. Para isso, a marca também incentiva a economia verde local, junto com a artista plástica e ambientalista de Florianópolis, Nara Guichon, redes de pesca que estavam poluindo os oceanos são transformadas em esfregões ecológicos e saquinhos.
Fundada em 2016, a Positiv.a conta com linhas de produtos de limpeza e uma de autocuidado, todos são feitos a base de ingredientes 100% vegetais, veganos, biodegradáveis e hipoalergênicos. “Nós acreditamos que a mudança que queremos ver começa por cada um de nós e dentro de casa. Como consumidora, eu me via cada vez com mais dificuldade de comprar os produtos com agentes químicos tão nocivos. Foi aí que começamos a fazer os testes e desenvolver a linha de produtos que são naturais, ecológicos, e feitos com base nos princípios da economia circular e apoio à agricultura familiar” finaliza Marcella Zambardino.