Ácido poliglutâmico, novo queridinho do skincare
Ingrediente promete substituir o ácido hialurônico nos produtos e tratamentos para hidratação da pele e diminuição de linhas de expressão
O ácido poliglutâmico é a nova tendência para quem gosta de cuidar da beleza. O ingrediente vem sendo adotado como substituto do ácido hialurônico, com a função de hidratar e reduzir a flacidez da pele, enquanto retém a umidade da derme.
A Coluna Claudia Meireles, é claro, foi investigar a novidade e como ela pode ajudar a dar um boost na cútis. Aos detalhes!
Poder hidratante
Apesar de ter as mesmas propriedades e resultados que seu antecessor, a substância promete ainda mais hidratação. De acordo com estudos, o ácido poliglutâmico forma um filme sobre a pele e pode reter até quatro vezes mais umidade do que o hialurônico.
O novo ingrediente de sucesso no mercado da beleza foi popularizado pela maquiadora britânica Charlotte Tilbury, que acrescentou o ácido poliglutâmico na fórmula de seus séruns conhecidos como o “elixir mágico”.
O produto pode ser usado em complemento com o ácido hialurônico para combater rugas e linhas de expressão, além de dar um efeito iluminado à pele. Entretanto, como não é produzido pelo organismo, o novo queridinho do skincare ainda não pode ser aplicado em injeções para preenchimentos faciais e corporais.
A dermatologista Luanna Caires comenta que o produto é mais oleoso e pegajoso do que o ácido hialurônico, podendo ficar mais “pesado” em peles oleosas. Cabe ressaltar que esse tipo de pele também precisa de hidratação, com uso de produtos de textura mais leve.
A substância se adapta a qualquer tipo de pele, especialmente as mais ressecadas. Produzida a partir da fermentação de bactérias presentes em alimentos com grãos de soja, ela ainda é pouco conhecida e usada no Brasil.
As viciadas em beleza, porém, já conseguem encontrá-la na composição de séruns, essências e hidratantes corporais. Outra forma é encomendar em farmácias de manipulação.
Origens
O ácido poliglutâmico é produzido pela bactéria Bacillus subtilis, presente no substrato de soja fermentada em alimentos como o natto, uma iguaria japonesa. A substância formada é um polímero biodegradável e comestível, que não apresenta riscos à saúde humana.
Aplicação
Para aplicar séruns ou cremes faciais com ácido poliglutâmico, é preciso estar com o rosto limpo, para que as moléculas sejam melhor absorvidas. O produto pode ser usado várias vezes durante o dia, a depender do nível de ressecamento da pele.
Quando não usar?
Pessoas com alergia a soja devem evitar o uso do ácido poliglutâmico. A especialista em dermatologia Luanna Caires acrescenta, ainda, que o ácido poliglutâmico não é recomendado para hidratações mais profundas, em contrapartida com o queridinho do skincare: “O ácido hialurônico tem moléculas bem menores e entra com mais profundidade, enquanto o ácido poliglutâmico tem moléculas maiores, promovendo hidratação nas camadas mais superficiais da pele”.
Assim como em qualquer outro tipo de tratamento, é indicado realizar uma avaliação profissional antes de começar a utilizar essa substância. Assim, os resultados serão ainda melhores.
Fonte: Metrópoles 06.06.2022