Ciência estimula benefícios do sono para uma pele radiante e rejuvenescida

Pesquisas permitiram desenvolver ativos cosméticos que intervêm nos processos biológicos impactados pela falta de sono
Por Estela Mendonça
Embora a máxima “nada como uma boa noite de sono” seja reconhecida pela comunidade científica e a população em geral como um dos principais fatores de saúde e bem-estar, a verdade é que a maioria das pessoas reconhece que dorme mal. Dados da pesquisa sobre o sono realizada com mais de 13 mil pessoas de vários países, divulgados pela Royal Philips em 2020, no relatório “Wake Up Call: Global Sleep Satisfaction Trends, mostram que globalmente apenas 49% das pessoas estão satisfeitas com seu sono. Já no Brasil, 60% disseram estar insatisfeitas, sendo que 40% delas não dormem bem em decorrência de estresse e preocupação, e 38% relataram ter experimentado a insônia.
Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), “Qualidade do sono na população geral brasileira: um estudo transversal”, publicada no ano passado no periódico científico Sleep Epidemiology revelou que 65% dos brasileiros consideram que seu sono não está em dia e não tem qualidade.
Muitos estudos pelo mundo comprovaram a necessidade de melhorar a qualidade do sono, já que fundamental na recuperação do estresse diário ao estimular muitos processos biológicos. Ele contribui para aumentar o foco e a criatividade, melhora a memória e a capacidade de aprender habilidades complexas, integra novos conhecimentos e melhora a resiliência mental e emocional contra doenças mentais, como depressão e ansiedade. O sono também melhora a função imunológica, regenera os tecidos e órgãos, estimula a resistência a doenças e aumenta a energia e a força.
Sono da beleza
A má qualidade crônica do sono também pode aumentar os sinais de envelhecimento. Uma pesquisa publicada na Clinical and Experimental Dermatology em 2015 examinou a correlação entre a qualidade do sono e o envelhecimento intrínseco entre 60 mulheres e descobriu que pessoas com sono de boa qualidade (que dormiam cerca de sete a nove horas) tinham uma pontuação de envelhecimento intrínseco muito mais baixa do que as com sono de má qualidade (menos de sete horas de sono).
O estudo mostrou que na pele, quando a regeneração e a imunidade não são completadas adequadamente durante o sono, surgem sinais visuais de fadiga, claramente observados: pálpebras caídas, olheiras, pele opaca e mais desidratada, aumento de rugas e linhas finas, flacidez nos cantos da boca, redução da tez da pele, aparência de vermelhidão, entre outros.
“O sono é o segredo de beleza mais importante, vital para a saúde mental e física”, reforça Hoda Nahas, gerente de vendas para a América Latina da Lucas Meyer, explicando que a pele possui seu próprio ritmo circadiano devido à expressão do gene do relógio celular e sua própria produção de melatonina. “O sono de má qualidade pode interromper o ciclo circadiano da pele, afetando a recarga da imunidade cutânea, levando à inflamação e fadiga da pele”.

Hoda Nahas, gerente de vendas para a América Latina da Lucas Meyer