A importância dos Papéis Olfativos na indústria de fragrâncias
Você sabia que toda vez que se utiliza um papel como veículo de teste de fragrâncias, seja ele um Papel Técnico Olfativo (PTO) ou um papel gráfico (inclusive Fine Art), esse veículo afetará o odor, assim como qualquer outro veículo, inclusive a nossa própria pele?
Porém, a maior diferença do PTO para os demais tipos de papéis (inclusive os Fine Art) está no fato de que as alterações que ele causa na fragrância são mais próximas àquelas perceptíveis na pele de uma pessoa.
Rodrigo Tafner, CEO da Kopiehaus, reforça a importância e as principais diferenças técnicas entre o uso dos PTOs e dos demais papéis gráficos na indústria de fragrâncias, desde a aprovação das matérias-primas à experiência do consumidor no ponto de venda.
Ele ainda cita os autores Calkin e Jellinek (Perfumery: practice and principles), que explicam que, de forma técnica, o odor de qualquer fragrância é afetado pelo veículo de duas formas: (1) pelo cheiro do próprio veículo; e (2) pela forma como o veículo, através de forças de atração física, afeta o odor da fragrância. Essa atração entre o veículo e a fragrância é chamada de adesão e o grau de adesão é conhecido por substantividade.
Segundo Tafner, muitos defendem o uso de um “papel olfativo de algodão” para testes de fragrâncias, pois afirmam que o papel simula o cheiro do perfume, quando aplicado na pele, por ter o PH neutro. “Isso é bobagem, até porque o PH da pele é ligeiramente ácido – entre 4,5 e 5,75 –, enquanto o neutro é 7”, conclui.
Para Rodrigo, a utilização de PTOs como veículos de teste ou experimentação (como Fitas e Cartões Olfativos) não deveria ser uma opção para laboratórios, Casas de Fragrâncias ou marcas de perfumaria, e sim uma exigência técnica, uma vez que suas características reduzem os agentes externos que podem alterar a experiência e os resultados, não só para os profissionais envolvidos, mas especialmente para os consumidores, que dependem desses fatores para a decisão de compra e finaliza:
• PTOs utilizam exclusivamente matérias-primas inertes, do ponto de vista de odor;
• PTOs são veículos cuja estrutura molecular é mais próxima das características da pele humana em relação à substantividade;
• PTOs não possuem componentes ácidos ou outros agentes químicos agressores que favorecem a decomposição química da fragrância.
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