A cada ano, 20 mil pessoas na Tanzânia lutam contra as consequências de um distúrbio de pigmentação congênita. Os afetados têm a cor da pele clara e também cabelos e olhos, tornando-os mais suscetíveis a queimaduras solares e colocando-os em uma situação de maior risco de câncer de pele. No país do Leste Africano (região do equador), um em cada 2.500 habitantes tem albinismo. A expectativa média de vida das pessoas afetadas é de 30 anos. Em Moshi, localizado aos pés do Kilimanjaro, o Centro de Treinamento Regional de Dermatologia (RDTC) tem ajudado essas pessoas por mais de 22 anos, fornecendo um amplo programa de apoio. Parte do apoio é dado através da produção local de protetor solar. A BASF apoia o RDTC no desenvolvimento de um protetor solar melhorado para as pessoas com albinismo. A equipe apresentou os primeiros resultados no Congresso Mundial de Câncer de Pele em Edimburgo.

Protetor solar para condições extremas

Desde novembro de 2012, o RDTC tem desenvolvido e produzido em sua própria unidade, um protetor solar com fator de proteção (FPS) 30 – o Kilimanjaro Suncare – e através de postos distribuiu gratuitamente para 2.000 pessoas que sofrem de albinismo no norte da Tanzânia. Desde 2013, a BASF fornece os ingredientes e a expertise para a expansão da produção. Nesse meio tempo, uma maneira ainda melhor para proteger os afetados do sol é buscada em conjunto: “Inicialmente, só entregamos ingredientes gratuitos para a produção do protetor solar”, disse Uli Osterwalder, especialista da BASF do segmento de proteção solar. “Agora estamos trabalhando juntos em um protetor solar adequado, que proteja a pele das populações locais afetadas, que vivem sob condições extremas, contra os raios solares de uma maneira ainda melhor.”

Melhor proteção possível para as pessoas com albinismo

Além de um maior fator de proteção solar (FPS 50), o novo protetor solar deve ter acima de tudo uma alta absorção de raios UVA e uma proteção duradoura. Porque o protetor solar existente “KiliSun”, como é chamado pelos tanzanianos, tem uma desvantagem crucial; atualmente ele não oferece uma proteção suficiente contra os raios UVA. “Diferente dos raios UVB, os raios UVA penetram profundamente na pele. Eles podem alterar as células em longo prazo e, assim, promover o desenvolvimento de câncer de pele”, disse Mafalda Soto Valdés, da AFRICA DIRECTO – organização assistencial espanhola de desenvolvimento. Como uma farmacêutica treinada, ela formula o protetor solar localmente e segue com o projeto adiante. Na Tanzânia, os intensos raios UV combinados com a falta de roupas adequadas e proteção solar leva à chamada queratose actínica – uma fase pré-cancerosa de câncer de pele – em pessoas com albinismo com menos de 20 anos “O RDTC quer proteger as pessoas com albinismo no equador da extrema radiação solar da melhor maneira possível. Queremos fornecer aconselhamento médico e dar apoio fornecendo os protetores solares necessários para a sobrevivência. A BASF é um importante parceiro nesta empreitada”, enfatizou Valdés.

Emulsão de água em óleo para uma proteção duradoura

No entanto, a procura por uma alternativa mais eficaz não é tão simples: “Mais de 90 por cento de todos os protetores solares disponíveis na Europa são emulsões de óleo-em-água. Eles são fáceis de aplicar, são facilmente absorvidos e garantem uma sensação de conforto na pele; entretanto, eles não conseguem resistir ao sol quente africano. Eles simplesmente saem da pele devido ao aumento da transpiração”, explica Osterwalder. Por isso, uma equipe de especialistas em proteção solar da BASF quer desenvolver uma emulsão de água em óleo, juntamente com representantes do RDTC. “Este tipo de emulsão não é absorvida tão rapidamente, mas oferece proteção duradoura”, diz Osterwalder. Em longo prazo, a nova emulsão de proteção solar deve substituir o protetor solar existente. Até esse momento, o protetor solar “KiliSun” é enriquecido com filtro UV da BASF Uvinul® A Plus. Ele complementa a importante proteção UVA e ao mesmo tempo promove uma sensação agradável na pele.