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Com frasco menor, Dermage atrai jovem

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Lisabeth Braun, criadora da Dermage, que cresceu 18% no primeiro trimestre estratégia para atrair o consumidor em tempos de crise, a Dermage passou a oferecer vários produtos em  embalagens de dose única. Custam de R$ 9,90 a R$ 50,00. São máscaras faciais e produtos para cabelos que só eram vendidos em potes.

A proposta agradou. Logo no primeiro lançamento, a produção programada para atender 12 meses foi vendida em 2 meses, informa a empresa.

O novo modelo de vendas conquistou especialmente o cliente mais jovem, que gosta de testar antes de comprar e nem sempre tem disponibilidade para comprar um pote inteiro. Trata­se de um público ávido por novidades e muito antenado ao que há de novo, afirma a diretora de marketing e varejo da Dermage, Viviane Soares.

Apesar do ano difícil para o varejo, Viviane informa que Dermage faturou R$ 120 milhões em 2016. O valor foi 16% superior ao de 2015. De janeiro a março deste ano, a alta foi de 18%.

Na  esteira  da redução de custos e na  proposta  de dar mais visibilidade aos produtos,  a  Dermage está  começando a instalar quiosques da marca. O planos é ter pelo menos 20 até o fim do ano. O primeiro está sendo aberto em São Paulo e  vai se tornar modelo para uma nova forma de franquias, voltada para empreendedores com menor capacidade de investimento. Instalar um quiosque custa R$ 50 mil e uma loja, R$ 200 mil.

Mas o crescimento não virá só dos quiosques. A Dermage opera com 60 lojas no Brasil ­ 24 próprias. Os produtos são oferecidos, também, desde 2011, em 1,5 mil pontos de grandes redes de drogarias. A cidade em que está mais presente é o Rio de Janeiro, onde as atividades foram iniciadas. São 16 lojas da marca, além da venda em seis cadeias de farmácias.

A estratégia, agora, é crescer em São Paulo, onde está presente em 18 cidades. A empresa vai abrir mais 10 lojas este ano,  entre franquias e próprias, na capital e Grande São Paulo, região que já representa 50% dos negócios.

Outra estratégia é a entrada no mercado profissional, com linhas voltadas para estética. O foco é divulgar os produtos a profissionais do segmento, como fisioterapeutas  e massoterapeutas um  trabalho  semelhante ao  historicamente realizado pela marca com dermatologistas.

Este ano a Dermage vai aumentar a linha masculina e pretende ainda colocar no mercado novos produtos para tratamento e rejuvenescimento da pele a base de Vitamina C. Além disso, aposta em duas coleções de maquiagem e  cremes anti­idade mais potentes com uso da nanotecnologia. Em nanopartículas, as substâncias penetram com mais profundidade na pele, com efeito hidrante, anti­idade e de proteção, por exemplo.

Quem começou a desenvolver os produtos Dermage foi a bioquímica Lisabeth Braun. Ela montou uma farmácia de manipulação em 1978, época em que esse segmento praticamente não existia. A marca Dermage foi lançada em 1990, mantendo o processo de receitas manipuladas. O passo seguinte foi o lançamento de produtos industrializados. E assim surgiram os dermocosméticos Dermage.

Por anos, a própria Lisabeth participou de eventos internacionais do setor no exterior identificando substâncias inovadoras para seus produtos. Hoje, 18 pessoas atuam na área de pesquisa e desenvolvimento, entre farmacêuticos, bioquímicos, biomédicos e médicos.

Já na produção são 15 pessoas, responsáveis pela fabricação de 100 mil a 150 mil itens por mês. Tudo passa pelo crivo da fundadora, diz Viviane. “A grande sacada é acompanhar um congresso onde dezenas de substâncias são apresentadas e identificar o que realmente vai ser eficiente e fará sucesso”, acrescenta Viviane. Hoje a fundadora é auxiliada pela equipe,  “mas o faro é dela”.

Fonte: Valor

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