Cosméticos masculinos representam 10% do consumo nacional
Levantamento realizado pela ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) sobre o mercado brasileiro de produtos masculinos aponta que o segmento dobrou de tamanho entre 2008 e 2013, saindo de US$ 2,284 bilhões para US$ 4,572 bilhões. Os dados mais recentes da entidade ainda são de 2013. Os números do ano passado deverão ser divulgados até maio, com a expectativa de um novo crescimento no segmento.
Atualmente, os produtos masculinos representam mais de 10% do consumo total de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, que totaliza US$ 43 bilhões. Em 2013, os produtos para barba representavam 58% das vendas, percentual equivalente a um faturamento de US$ 2,658 bilhões. Enquanto a categoria de cuidados pessoais somava 42%, somando US$ 1,915 bilhão em vendas. Considerando apenas o universo de perfumaria, os homens são responsáveis por 43,3% do consumo brasileiro, totalizando US$ 3,051 bilhões.
Na avaliação da associação, a percepção é de que há cada vez mais uma cultura masculina voltada para o cuidado com a saúde e o bem-estar, muito além da estética. Isso se reflete na própria indústria, que investe em inovação direcionando lançamentos para este público. Em 2013, a categoria de lâminas para barbear representava 88,4% das vendas da categoria produtos para barba, somando US$ 2,350 bilhões. Em seguida, vinham os artigos pré-barba (6,8%), com US$ 180 milhões, e depois os itens pós-barba (4,8%), totalizando US$ 127 milhões em vendas. Em 2008, as vendas nessas categorias somavam, respectivamente, US$ 990,6 milhões, US$ 146,2 milhões e US$ 79,9 milhões.
No mercado de cuidados pessoais masculinos, a categoria de desodorantes representava 98,1% das vendas, com US$ 1,878 bilhão de faturamento, frente a US$ 1,053 bilhão em 2008. Os produtos para cabelos (1,3%) somavam US$ 24,3 milhões, enquanto que em 2008 tinham vendas totais de US$ 10,7 milhões. Já os produtos para banho (0,5%), como sabonetes, totalizavam US$ 10,4 milhões de vendas em 2013, contra US$ 3,6 milhões em 2008.
Ainda de acordo com a ABIHPEC, vários fatores estão contribuindo para o crescimento do setor, tanto do ponto de vista do universo masculino como do mercado de cosméticos como um todo. Um deles é o acesso das classes D e E aos produtos do setor, devido ao aumento de renda. Os novos integrantes da classe C passaram também a consumir produtos com maior valor agregado. O lançamento constante de produtos com foco em necessidades específicas do mercado — combinado ao aumento da expectativa de vida — é outro fator que vem contribuindo para o crescimento do setor.
Existem no Brasil 2.470 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos. O país ocupa a terceira posição no mercado mundial, atrás de Estados Unidos e China. É o primeiro mercado em perfumaria e desodorantes.