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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Ciência e Tecnologia Destaque Empresas & NegóciosEntrevista: CEO da Episkin Brasil explica o potencial de utilização da córnea reconstruída

Entrevista: CEO da Episkin Brasil explica o potencial de utilização da córnea reconstruída

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Rodrigo De Vecchi também fala sobre a importância de mais uma alternativa para a substituição dos testes em animais

Por Estela Mendonça

A Episkin, empresa do Grupo L’Oréal e líder mundial em engenharia tecidual para métodos alternativos aos testes em animais, anunciou em maio a complementação de seu portfólio para a América Latina, com o lançamento da Córnea Humana Reconstruída, SkinEthic HCE. O modelo, utilizado para avaliação de segurança e eficácia in vitro de diferentes produtos e ingredientes que podem causar irritação ocular, passou a ser fabricado localmente.

A Episkin Brasil Biotecnologia foi inaugurada em 2019, com a produção do modelo de pele humana reconstruída, SkinEthic RHE, usado como ferramenta para descobertas biomédicas e avaliação de segurança e eficácia in vitro de produtos e ingredientes que podem causar irritação na pele.

“Produzir e disponibilizar este modelo no Brasil é um marco importante e motivo de orgulho para nós, dada a importância que os métodos alternativos têm tido para reduzir e até substituir testes em animais em muitos laboratórios no Brasil e América Latina”, afirma Rodrigo De Vecchi, CEO da Episkin Brasil, que conversou com o Portal Cosmetic Innovation e forneceu mais detalhes sobre o potencial de utilização da córnea reconstruída. Confira a entrevista.

A partir de que materiais e como foi o desenvolvimento da córnea humana reconstruída?

O modelo de córnea humana é reconstruído a partir de corneócitos, o tipo de célula predominante na córnea, que é a camada ocular mais externa e sensível dos olhos. O processo de reconstrução da córnea no laboratório demora 5 dias e durante esse período o modelo fica na interface ar-líquido em um meio quimicamente definido. As células crescem em camadas e formam tecido não queratinizado. Ao atingir seu estágio final de maturação, a córnea humana reconstruída está pronta para ser utilizada nos testes in vitro, capaz de responder a estímulos externos.

De que forma são realizados os testes de irritação ocular? Você poderia descrever?

Teste de irritação ocular é amplamente utilizado em cosméticos para avaliação de segurança de produtos. Esse método é validado e recomendado por diretrizes internacionais, como as diretrizes da OCDE. Isso significa que geram resultados confiáveis para contribuir nas decisões de avaliação de segurança. Teste de irritação ocular (OEDC TG 492B) é um procedimento in vitro que permite a identificação por conta própria de produtos químicos (substâncias e misturas) que não requerem classificação (Sem Cat), exigem classificação para irritação ocular (Cat 2) e exigem classificação para lesões oculares graves (Cat 1) de acordo com as categorias de perigo ocular. O método de ensaio mede diretamente a citotoxicidade resultante da penetração do produto químico através do epitélio da córnea e a produção de danos nas células após a exposição ao produto químico, que é utilizado para prever a identificação de perigo para os olhos de um produto químico em estudo.

Que outros testes a utilização da córnea humana reconstruída pode substituir?

Acessibilidade de HCE não só traz mais uma alternativa para a substituição dos testes em animais, para as comunidades científicas brasileiras e latino-americanas, como também possibilita uma avaliação mais rápida dos produtos químicos. Até recentemente, para fazer uma análise in vitro completa, os pesquisadores precisavam combinar vários métodos como, por exemplo, BCOP (teste de permeabilidade e opacidade da córnea bovina) e STE (teste de exposição de curta duração que utiliza fibroblastos da córnea de coelho). Com o novo protocolo recentemente incluído na Guia Testa da OECD (492B), em junho deste ano, todas as categorias poderão ser classificadas, permitindo uma análise in vitro completa em uma única etapa.

Para quais produtos esses testes mais se aplicam? Você poderia dar exemplos?

Qualquer ingrediente que possa entrar em contato com os olhos precisa passar por avaliação de segurança, logo a acessibilidade desse método alternativo atende às necessidades de diferentes indústrias como cosméticos, brinquedos, químicas, material escolar, produtos farmacêuticos, dispositivos médicos, agroquímicos, entre outros.

Qual o potencial de utilização da córnea humana reconstruída para o desenvolvimento de novos produtos cosméticos?

O modelo representa um grande avanço na avaliação de segurança pré-clínica de substâncias ou produtos que possam entrar em contato com os olhos. Isso faz da córnea humana reconstruída uma poderosa ferramenta em nosso processo de inovação, muito utilizada para pesquisa de novos ingredientes e produtos.

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