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Granado sobrevive ao teste do tempo no Brasil

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Empresa tem 150 anos de tradição e dá banho de gestão e modernidade em muita startup

Uma das principais redes de perfumaria e produtos de higiene e beleza do país tem quase 150 anos, passou pelo Império, República, duas guerras mundiais, hiperinflação e está aberta até hoje. Ela até teve como cliente o imperador Dom Pedro II. A empresa dá um banho de gestão e modernidade em muita startup.

Mas qual o segredo para uma farmácia de manipulação continuar atraindo clientes nesse mundo que tem tanta pressa por novidades? O empresário Christopher Freeman explica: “A gente desenvolveu produtos mais modernos e eficientes, mudamos ingredientes e a coisa continua”.

Christopher, um inglês apaixonado pelo Brasil, comprou a Granado nos anos 90, ampliou a distribuição para todo o país e transformou as velhas farmácias em boutiques. “A empresa estava sem investimento por vários anos. Por exemplo, não tinha informática, a fábrica era antiga, mas eu achava que tinha potencial”.

O empresário investiu 8 milhões de dólares, o equivalente hoje a R$ 32 milhões, para modernizar a fábrica. O que também recebeu um banho de loja foi a marca, mas sem perder seu vínculo com a história.

O nome farmácia é escrito com “ph”, a escada é de trilho, os móveis são no estilo colonial, parecendo uma loja do século XIX. Ao mesmo tempo, as embalagens tem válvulas modernas e no local existem totens com tela de toque para mostrar os produtos. Esse é um dos grandes desafios de negócios seculares como este: inovar mantendo o que deu certo, modernizar sem descaracterizar a marca. E parece que a empresa conseguiu.

“A gente contratou um desenhista francês, em Nova York, e ele ajudou a gente a dividir os produtos em famílias. A gente criou famílias por tipo de produtos, por exemplo, antissépticos, bebê, glicerina”, conta Christopher.

Em 2004, o inglês comprou outra tradicional marca brasileira de perfumaria. Hoje, tem 73 lojas próprias em todo o Brasil e duas em Paris. Ano passado, faturou R$ 500 milhões. Com 70 anos e quase 30 à frente da empresa, Christopher tem experiência para passar aos mais jovens. As dicas dele são:

  • Empresário não pode entrar em pânico em épocas de crise;
  • É preciso criar uma marca pensando a longo prazo;
  • Sempre investir em qualidade.

Fonte: PEGN – 26.05.19

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