Grandes marcas como Procter & Gamble, voltam para a C-beauty
Técnicas milenares chinesas são novo hype do skincare
O termo “made in China” passa a ser ressignificado mundo afora, a começar pelo mercado da beleza, que se volta para as tradições e ingredientes medicinais milenares asiáticos. Além de um resgate cultural perseguido por novas gerações locais, gigantes do mercado cosmético internacional, como LVMH e P&G, começam a investir em medicina tradicional chinesa.
Lançada há menos de três anos, Cha Ling, desenvolvida por Laurent Boillot, da Maison Guerlain, é um exemplo desse movimento. Com fórmulas naturais, a marca já está no topo do ranking do (fervido) mercado chinês e toda a inspiração dos produtos vem da medicina local e da cultura do chá pu’er (espécie de erva envelhecida, popular e supernobre na China).
Acredita-se que os ingredientes usados na medicina milenar asiática podem tratar ou prevenir de resfriados a doenças mais sérias como o câncer. Esse conhecimento está presente entre as gerações mais antigas chinesas e agora ganha o interesse dos millennials, que buscam por alternativas mais naturais e sustentáveis de consumo.
No contexto da beleza, esse resgate da herança cultural se traduz em protetores solares à base de ginseng, produtos anti-aging com variedade de cogumelos na fórmula, hidratantes de ginko biloba…
A label Herborist, que também usa matérias-primas curativas asiáticas, é foco de investimento da Shanghai Jahwa, um dos maiores conglomerados da indústria da beleza. A máscara facial Brightening Essence, da marca, é um dos atuais hits de skincare na China.
A Oriental Therapy, lançada pela Procter & Gamble em 2013 acaba de voltar às prateleiras – com fórmulas ricas em ginseng, chá verde e açafrão. A L’Oréal também participa desse movimento de resgate com a compra da Yue-Sai, marca chinesa premium do nicho. Foco no C-beauty!
Fonte: Vogue – 21/08/19