Hairceuticals se consolidam como tendência no mercado de beleza
Pense nos dermocosméticos, troque pele por cabelos e, voilà, eis o conceito dos hairceuticals. Fusão da palavra “hair” e “pharmaceutical”, eles são produtos que prometem tratar diversos problemas capilares (de queda a ressecamento excessivo dos fios), ficando no limiar entre cosméticos e medicamentos.
“Levam elementos naturais, como plantas, combinados com proteínas hidrolisadas, aminoácidos e outros ativos inspirados na indústria farmacêutica, que potencializam sua ação”, diz Juha Antero, colorista do M. G. Hair, à revista Elle.
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Ainda pouco conhecidos no Brasil, eles já aparecem no topo das principais pesquisas de trends para o mercado da beleza pelo mundo. “A onda dos hairceuticals é forte especialmente na Ásia e na Austrália, mas não vai demorar para chegar aqui”, completa Juha, que indica dois produtos com esse conceito: o xampu da Schwarzkopf, que leva colágeno, e a máscara com ingredientes veganos da Pureology.
Hoje, existem basicamente dois grupos de hairceuticals: aqueles com mais foco em elementos naturais e aqueles que colocam mais peso nos componentes medicinais e farmacêuticos.
O que diferencia os primeiros das marcas unicamente naturebas é a associação com a tecnologia de ponta, caso da Phyto, que desembarca no Brasil nos próximos meses. A empresa francesa de haircare potencializa os benefícios de 500 tipos de plantas usando ativos desenvolvidos em parcerias com instituições como o conceituado Saint-Louis Hospital, em Paris.
Pesquisa – Um estudo com células-tronco, por exemplo, foi aproveitado no mais recente lançamento antiqueda da marca, o Phytologist 15. Ganhador do “Oscar francês da cosmética” de 2016, realizado há 25 anos com a indústria do setor, o tratamento é feito em 12 doses de um combinado de plantas medicinais de diferentes países com ativos “99% de origem vegetal e natural”. O produto promete parar a queda e acelerar o crescimento em dois meses.
Já a vertente focada nos componentes medicinais pode trazer altas doses de colágeno, proteínas, aminoácidos e vitamina E. A Kérastase flerta com essa onda no Brasil desde 1997, quando lançou o produto antiqueda L’Aminexil.
Mas só passou a considerar o formato uma oportunidade real há três anos, com a chegada do Densifque e do Initialiste. “Eles potencializam o crescimento, a densidade e a resistência do cabelo”, diz Ana Paula Rosa, gerente de educação da marca.
Segundo Cris Dios, cosmetóloga e tricologista do salão Laces and Hair, os ativos farmacêuticos têm grande eficácia porque suas moléculas são menores e penetram mais profundamente na estrutura do fio.
“Acredito muito nesse tipo de cosmético, que não faz maquiagem, mas trata de verdade o cabelo”, diz ela, lembrando que a tendência ainda será mais desenvolvida, com foco em ativos farmacêuticos cada vez mais potentes.
Fonte: Revista Elle – Via Cosmetic Innovation