Johnson & Johnson é multada em US$ 417 milhões por risco de câncer em talco
Um tribunal do júri de Los Angeles, nos Estados Unidos, condenou nesta segunda-feira (21) a Johnson & Johnson a pagar US$ 417 milhões (US$ 1,31 bilhão) por não advertir risco de câncer, ligado ao uso de produtos de talco.
A informação foi veiculada pelo jornal “Los Angeles Times”, que aponta se tratar da maior condenação contra a empresa farmacêutica e de produtos de higiene, devido aos numerosos casos investigados pelas autoridades dos Estados Unidos.
De acordo com a publicação, existem mais de 300 processos abertos contra a Johnson & Johnson, apenas na Califórnia. Em todo o país foram abertas mais de 4.500 ações.
Uma das vítimas que foi à justiça contra a empresa foi Eva Echeverría, diagnosticada com câncer nos ovários em 2007. Em depoimento durante o caso, ela garantiu ter usado um mesmo produto durante décadas.
O júri deliberou por dois dias e condenou a Johnson & Johnson a pagar US$ 70 milhões (R$ 220 milhões), apenas para Echeverría. Além disso, US$ 347 milhões (R$ 1,1 bilhão) como multa.
Os advogados da empresa já garantiram que irão recorrer a decisão do júri. Além disso, defenderam que pesquisas científicas garantem que os produtos são seguros.
Veja a nota da empresa sobre o caso, na íntegra:
“Câncer de ovário é um diganóstico devastador e nós somos profundamente solidários às mulheres e famílias impactadas por essa doença. Nós vamos recorrer do atual veredito porque somos guiados pela ciência, que sustenta a segurança do Johnson’s Baby Powder. Em abril, o National Cancer Institute’s Physician Data Query Editorial Board escreveu: ‘o peso da evidência não sustenta uma associação entre a exposição perianal ao talco e o aumento do risco de câncer de ovário’. Nós estamos nos preparando para julgamentos adicionais nos EUA e nós vamos continuar defendendo a segurança do Johnson’s Baby Powder.”
Fonte: Newtrade