Mahogany lança modelo de loja menor
Há dez anos, o empresário Jaime Drummond decidia recolher os produtos de beleza da marca Mahogany das prateleiras do varejo para construir sua rede de franquias. Hoje, com 160 lojas e vendas de R$ 109 milhões, a empresa aposta em um formato com preço mais acessível para continuar seus planos de expansão. “O cenário de piora econômica demanda um investimento menor para atrair novos franqueados”, diz Drummond, presidente e fundador do grupo.
O custo médio para implantar uma franquia da Mahogany varia de R$ 200 mil, para a loja de rua, à R$ 300 mil (de shopping). A nova versão, chamada Mahogany Light, que começa a ser oferecida este mês, custa menos de R$ 100 mil, tem formato menor – tem 80% dos itens da franquia tradicional – e é pensada para as cidades com até 50 mil habitantes.
A chegada a cidades menores tem objetivo de melhorar a capilaridade e fortalece o sistema de venda direta, pois as lojas são pontos de distribuição de produtos para revendedoras. As vendas por catálogo, iniciadas no fim de 2013, correspondem a 8% das receitas totais. O público da marca são as classes A e B, com tíquete médio de R$ 75.
A empresa inaugurou 13 lojas em 2014 e pretende abrir 20 novas unidades até dezembro, principalmente no interior dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e na região Nordeste – a maior parte deles no formato Mahogany Light. A rede está presente em quase todo o país, exceto Roraima, Amapá e Acre. A fábrica está localizada em Osasco (SP).
As vendas da Mahogany somaram R$ 109 milhões em 2014, com crescimento de 9% sobre 2013. Neste ano de economia vagarosa, sobem 8,1% até agora. A categoria de perfumes é a mais rentável, mas os itens para o corpo, como sabonetes líquidos e hidratantes, representam o maior volume de vendas.
A marca nasceu em 1991, quando o engenheiro Jaime Drummond começou a produzir sabonetes líquidos na Lapa, bairro da zona oeste de São Paulo. Por 15 anos, a marca esteve nas prateleiras de lojas de departamento, drogarias e supermercados, mas faltava visibilidade e espaço para crescer. O empresário optou então por um canal próprio de vendas, as franquias, para aumentar as margens e o tíquete médio de vendas.
O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo, segundo a Abihpec, associação dos fabricantes do setor. Em 2014, o faturamento total alcançou R$ 101,7 bilhões, alta de 11% na comparação com o ano anterior. “Mesmo em tempos difíceis, a vaidade e a necessidade de inserção social promovem o crescimento do setor”, afirma Drummond.
Fonte: Valor