Itens reciclados, compostáveis, recarregáveis e recicláveis crescem, mas de maneira lenta
Mesmo sob o impacto da pandemia, as vendas globais de embalagens de beleza aumentaram 3% em 2021, segundo a Euromonitor International. As categorias de produtos de higiene pessoal diária apresentaram a maior participação, como sabonete em barra, xampu e pasta de dente. O relatório aponta que, para atender às novas rotinas, hábitos de compra e preferências dos consumidores, as marcas de beleza estão mudando o design de suas embalagens, priorizando investimentos sustentáveis.
De acordo com a pesquisa de estilo de vida da Euromonitor International Voice of the Consumer, 67% dos consumidores buscaram algum um impacto positivo no meio ambiente em 2021, com 46% dos consumidores globais afirmando que usaram embalagens sustentáveis, como recarregáveis, recicláveis, biodegradáveis ou compostáveis no ano passado. “A indústria da beleza há muito tempo foca na sustentabilidade, mas a pandemia colocou as questões sociais e ambientais em destaque, levando os consumidores a optarem por marcas que podem trazer mudanças positivas. Cada vez mais as empresas estão sendo pressionadas para honrar compromissos assumidos para construir um futuro mais sustentável e ético”, diz o estudo.
Freio econômico
Já a quarta edição do estudo Who Cares, Who Does?, produzido pela Kantar mostra que os esforços dos consumidores latino-americanos em comprar de forma sustentável vêm sendo desafiados pelos panoramas econômico e social deixados pela pandemia de Covid-19. Com a inflação, agravada por fatores como desemprego, os latinos são obrigados a fazer escolhas para equilibrar o orçamento, e acabam deixando de lado as preocupações com produtos sustentáveis, que geralmente são mais caros do que os que não têm esse apelo.
No Brasil, apesar de a maioria dos consumidores afirmarem que têm preocupação em comprar produtos mais sustentáveis, com embalagens que respeitam o meio ambiente (54,6%), produzidos localmente (43,2%) e com embalagens recicláveis (48,7%), menos de 30% tomam atitudes efetivas sobre plásticos em suas compras. Cerca de 44% buscam comprar embalagens ecologicamente corretas, mas apenas 9% evitam regularmente embalagens plásticas.
Os números da eureciclo
A eureciclo, que atua com a certificação da logística reversa de embalagens pós-consumo, de 2019 para 2022, viu aumentar em mais de 320% o número de parceiros do segmento de cosméticos na base de clientes. “É muito bom perceber que as marcas estão se movimentando para diminuir ou neutralizar o impacto das embalagens”, diz Tânia Sassioto, diretora de Projetos & Parcerias da eureciclo. Ela explica que diversas empresas definiram metas importantes para melhorar as embalagens do ponto de vista da sustentabilidade e para garantir a reinserção dos resíduos comercializados ou equivalentes, na cadeia de reciclagem.
Tânia Sassioto, diretora de Projetos & Parcerias da eureciclo
Segundo Tânia, os parceiros do setor de cosméticos são fundamentais para os resultados já conquistados e para a valorização de 275 cooperativas e operadores de triagem homologados pela certificadora, espalhados em todo o país. “Considerando apenas este segmento, já compensamos mais de 21 mil toneladas de resíduos de embalagens e a comercialização de materiais triados para a reciclagem cresceu mais de 20 vezes de 2019 até hoje. Entre 2020 e 2021, o salto foi de 182% e de 2021 para hoje, já houve um crescimento de 20%”, diz a executiva.
Para comunicar ao público o investimento, as companhias também utilizam o selo eureciclo. Tânia ressalta que, anualmente, são produzidas 120 bilhões de unidades de embalagens de cosméticos no mundo e a maioria é usada apenas uma vez. No Brasil, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), apenas 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo.
Resinas sustentáveis
Verena Abrantes, gerente de marketing para alimentos e embalagens flexíveis da Dow América Latina, avalia que é crescente a sensibilização dos consumidores sobre os benefícios de produtos mais sustentáveis, além de a cadeia produtiva também estar comprometida com essa mudança e busca produzir embalagens com menor impacto ambiental e que possam ser inseridas na economia circular.
Verena Abrantes, gerente de marketing para alimentos e embalagens flexíveis da Dow América Latina
“Na Dow, sustentabilidade é meta há 25 anos e temos uma sólida estratégia para proteger o clima reduzindo emissão de CO2, transformar os resíduos plásticos reincorporando-os como matéria-prima no início da cadeia e fechar o ciclo da embalagem ao viabilizar estruturas recicláveis”, afirma Verena, ressaltando que a empresa está acelerada em seu compromisso de transformar os resíduos plásticos para comercializar 3 milhões de toneladas métricas de soluções circulares e renováveis anualmente até 2030.
Para isso, segundo Verena, a Dow trabalha com toda a cadeia de valor no desenvolvimento de soluções que permitam fechar o ciclo das embalagens por meio do desenho para reciclabilidade, redução do uso de plásticos e incorporação de material reciclado, mantendo desempenho e propriedades necessárias.
“As resinas ELITE™ AT e INNATE™, por exemplo, permitem o desenvolvimento de embalagens stand-up pouch de polietileno tecnicamente reciclável, ideais para refil”, diz a gerente da Dow, acrescentando que as soluções possibilitam substituir materiais como PET e PP, passando a uma estrutura PE monomaterial que mantém a proteção do produto, qualidade ótica e apelo de gôndola, assim como propriedades químicas dos cosméticos hidratantes e sabonetes líquidos.
Já as resinas REVOLOOP™, feitas com plástico reciclado pós-consumo, têm objetivo de incorporar material reciclado nas embalagens. Produzidas em parceria com a Boomera Ambipar, promovem a economia circular e alimentam o ciclo positivo, que inclui trabalhar com as comunidades para aumentar as taxas de reciclagem. “O projeto viabiliza a reciclagem mecânica inclusiva, facilita o fechamento do ciclo e incentiva empresas a atingir metas de sustentabilidade, gerando impacto ambiental e social”, explica Verena. A solução é utilizada em embalagens rígidas de hidratantes e sabonetes líquidos que não requerem FDA.
Plástico do litoral
A Pochet do Brasil, localizada em Jundiaí (SP), que integra o grupo francês Pochet, uma referência para as mais prestigiadas marcas de perfumes e cosméticos no mundo e que completará 400 anos em 2023, reúne não apenas conhecimento técnico e know-how de injeção plástica, mas compromisso ambiental.
Meire Tescer, diretora comercial e de marketing da Pochet do Brasil
Um dos mais emblemáticos casos de sucesso da empresa no país foi a fabricação da tampa do perfume masculino da Natura Kaiak, inteiramente produzida com resíduo plástico coletado do litoral brasileiro. “Foi um desafio que as equipes de desenvolvimento da Pochet do Brasil conseguiram enfrentar graças ao seu know-how”, orgulha-se Meire Tescer, diretora comercial e de marketing da Pochet do Brasil.
“Kaiak convida os consumidores a olhar mais conscientemente sobre os resíduos gerados e o impacto que isso gera nos oceanos”, avalia Meire. A inovação, criatividade e consciência ambiental do perfume Kaiak foi reconhecida em 2022, por profissionais brasileiros de embalagens, com o Prêmio Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) e Prêmio Grandes Cases de Embalagens.
Além das criações exclusivas, Meire destaca que a Pochet do Brasil desenvolve uma gama de produtos com realizações responsáveis em plásticos sustentáveis, denominada Collections. Ela cita como exemplo a tampa Joker, feita de plástico totalmente reciclado.
“A tampa Joker, com sua estética elegante, pode ser combinada com o frasco de vidro refilável Olympe, feito da França, com linhas arredondadas para uma combinação atemporal”, sugere Meire, que explica que o frasco é feito de vidro reciclado (15%) e tem o peso reduzido em 35% em relação a um frasco convencional.
“Essas conquistas traduzidas em soluções personalizadas e personalizáveis demonstram a excelência da Pochet do Brasil, que se expressa como uma outra forma de luxo”, ressalta, destacando o comprometimento da empresa com uma abordagem de economia circular e o constante dos benefícios ambientais de seus processos de embalagem e fabricação, além de apoiar seus clientes em design ecológico.
Tecnologia Flex
Empresa líder na produção de bisnagas plásticas na América Latina e que está completando 20 anos, a C-Pack, referência global em embalagens para o setor cosmético, reúne vários exemplos sustentáveis de soluções em produtos e de atuação socioambiental responsável. A empresa segue o conceito de ecodesign. “Priorizamos a redução de matéria-prima, além de nossas bisnagas dispensarem o uso de embalagens secundárias, como cartuchos”, afirma André Michel Kehrwald, diretor de inovação e qualidade.
André Michel Kehrwald, diretor de inovação e qualidade da C-Pack
Kehrwald destaca o PE verde, produzido a partir da cana-de-açúcar, que já responde por 30% da produção. A participação de materiais plásticos reciclados pós-consumo (PCR) nos produtos da empresa também vem crescendo nos últimos anos, segundo o executivo.
Outra solução da C-Pack também em desenvolvimento é o tubo plástico monomaterial, onde toda a embalagem é composta de um único material, que pode ser polietileno ou PE verde. “A grande vantagem é que a embalagem não requer separação de componentes para a reciclagem”, aponta o diretor.
A grande inovação em que a C-Pack é pioneira fica por conta da tecnologia Flex, pela qual um tubo plástico é totalmente recoberto por um filme impresso por flexografia com alta qualidade de impressão e efeitos metalizados, mantendo as características dos tubos extrusados com possibilidade de utilizar PCR, PE Verde e Monomaterial. A tecnologia foi reconhecida no ano passado com o Prêmio Grandes Cases de Embalagem na categoria Inovação com a Linha Sublime, da Hinode, além do Prêmio ABRE e Plástico Sul.
A inovação em embalagens se conecta com outras ações sustentáveis da C-Pack. Um exemplo são as caixas retornáveis feitas com aparas de polipropileno do processo de injeção, que substituíram as de papelão para acondicionar as bisnagas entregues aos clientes. “Vale ressaltar que as caixas foram projetadas para 20 viagens e nos permitiram evitar a emissão de quase 350 toneladas de CO2 e o corte de cerca 2 mil árvores por ano”, diz Kehrwald.
Fundamental para a certificação LIFE, criada pelo Instituto LIFE – Lasting Initiative for Earth, conquistada no ano passado, foi o Projeto C-Pack Conserva, desenvolvido no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. “A certificação reconhece e distingue as organizações que incluem uma agenda voluntária em prol da conservação da biodiversidade”, destaca Kehrwald, informando que a empresa também lançou este ano seu primeiro relatório ESG.
Eco Conquista
A IMCD Brasil, distribuidora global de especialidades químicas que opera um armazém de distribuição e laboratórios de aplicação técnica em Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo, já tem um histórico de ações para a comunidade local, apoiando vários projetos sociais e culturais da Associação Beneficente Nova Conquista (ABENCO), que mantém um centro de reciclagem.
Nicolas Kaufmann, diretor geral da IMCD Brasil
No final do ano passado, a empresa ampliou seu apoio e lançou o projeto Eco Conquista, uma nova iniciativa social e ambiental para educar e capacitar a comunidade na otimização dos seus esforços para a preservação da região. Como parte das ações, em dezembro do ano passado, entrou em funcionamento um novo equipamento de reciclagem doado pela IMCD Brasil, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e aumentar sua produtividade de material reciclado.
O investimento no Projeto Eco Conquista até o momento foi de R$ 370 mil, viabilizados pelo Fundo Global IMCD Cares, mantido para apoiar projetos comunitários locais em mais de 50 países onde opera. “Ao abordarmos o nosso impacto social e ambiental na cidade de Diadema, lançamos o Eco Conquista refletindo o nosso compromisso de longo prazo com a cidade de Diadema, a comunidade e o meio ambiente”, afirma Nicolas Kaufmann, diretor geral da IMCD Brasil.
Helena Fontes, química responsável da Kur My Home Spa
Embalagens Biodegradáveis
A Kur My Home Spa está utilizando embalagens biodegradáveis em alguns produtos: trata-se de uma resina chamada Go Green P-Life, feita a base de ácido graxo, que tem a propriedade de transformar derivados da nafta (polietileno, polipropileno, PET, poliestireno e outros produtos) em produtos oxi-biodegradáveis. Segundo Helena Rodrigues Ullmann Fontes, química responsável da Kur My Home Spa, a resina foi desenvolvida no Japão e tem como principal componente o óleo de coco da palmeira. Ela já é produzida no Brasil pela Eco Ventures.
“Para produzir essas embalagens especiais, só é preciso adicionar 1% deste aditivo na formulação dos recipientes, que a Go Green P-Life transforma os principais tipos de plásticos em plásticos oxibiodegradáveis, que se decompõem até 80% em um período de 2 anos. O resultado dessa decomposição não afeta o meio ambiente”, explica Helena. As embalagens já estão disponíveis em dois produtos: na Loção Hipoalergênica Vegana e no Sabonete Hipoalergênico Vegano. Em breve, se estenderá para as embalagens de Sais Espumantes 30g e Banho de Sal Purificar 45g.
Programa de reciclagem
A Weleda, em parceria com a TerraCycle, acaba de implantar um novo programa de reciclagem, com a disposição de urnas coletoras nas farmácias Weleda e possibilidade de envio gratuito pelos correios. A empresa tem investido em materiais de origem reciclada, que hoje representam 45% do volume de embalagens, redução no uso de materiais e a logística reversa pós-consumo de seus produtos.
Beatriz Branco, gerente de Branding e Sustentabilidade da Weleda
“A indústria de saúde e beleza é uma das mais poluentes hoje. Utilizar matérias-primas puras e sustentáveis é algo que já fazemos há 100 anos, agora nosso olhar está para o destino correto de nossas embalagens e um modelo de negócio mais circular. Este programa de reciclagem com a TerraCycle será um passo fundamental desse processo, que envolve não somente a nossa operação, como o engajamento de nossos consumidores”, diz Beatriz Branco, gerente de Branding e Sustentabilidade da Weleda.
Além do aspecto ambiental, a marca vinculou um benefício social à iniciativa. Para cada 1 quilo de material coletado, a Weleda doará de R$ 3,00 para a Parsifal, instituição de Pedagogia Curativa e Terapia Social, que tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal e o convívio social de crianças, jovens e adultos com deficiências e distúrbios psíquicos.
Refil de fragrância
Prevista para chegar ao Brasil em março de 2023, a Coty lançou de Chloé Rose Naturelle Intense, a primeira fragrância com refil no portfólio da Coty. Os novos frascos demonstraram impactos ambientais reduzidos em todos os indicadores de avaliação do ciclo de vida do produto (Product Life Cycle Assessment indicators).
Estudos comprovaram que o produto ajuda a reduzir em até 65% as emissões de gases de efeito estufa, 67% o consumo de água, 66% o consumo de energia e 75% o consumo de recursos minerais. “Sustentabilidade é nosso principal impulsionador de inovação na companhia, e estou orgulhoso de que este lançamento seja mais um passo adiante para contribuir com nossa estratégia de ESG, denominada Beauty That Lasts”, diz Constantin Sklavenitis, chief prestige brands officer da Coty.
100% de plástico reciclado
A Wella Professionals acaba de lançar sua nova linha Elements, free from, vegana, com até 95% de ingredientes de origem natural e sem silicones, sulfatos e parabenos. A linha chega em uma versão melhorada, com rótulo limpo e com quantidade mínima de alérgenos na composição, além de embalagem responsável, já que todas são recicláveis e desenvolvidas com 100% de plástico reciclado de pós-consumo.
Menos plástico
Bonacure Clean Performance, recente lançamento do grupo alemão Schwarzkopf Professional no Brasil, une o poder da queratina vegana a uma fórmula clean de desempenho profissional, além das embalagens dos produtos serem feitas com até 97% de plástico reciclado. Para produzi-la, a Schwarzkopf Professional reciclará mais de 260 toneladas de plástico, enquanto usa 72% menos plástico com a introdução de novas tampas.
Recicle com Natura
A Natura relançou seu programa de logística reversa Recicle com a Natura, passando a incluir mais de 650 lojas próprias e franquias Aqui Tem Natura em mais de 280 cidades brasileiras, um aumento de mais de 540 pontos em relação a 2020, quando o programa foi lançado.
Atualmente, 81% de todo o material de embalagens da Natura já é reutilizável, reciclável e compostável. O objetivo é chegar a 100% até o final da década e reduzir, de forma geral, a quantidade total de material de embalagem que utiliza, meta que faz parte da Visão 2030 do grupo Natura &Co (Natura, Avon, The Body Shop e Aesop), também conhecido como Compromisso com a Vida. Outra ambição da empresa é alcançar zero emissões líquidas de carbono até 2030.
“Uma das premissas de nosso posicionamento é integrar toda a sociedade à jornada da Natura em prol de um mundo mais bonito. Nossas metas são ambiciosas, mas não as alcançaremos sozinhos. Para atingir a circularidade total do produto e atender às ambições da meta carbono zero, precisaremos buscar soluções inovadoras e estimular o engajamento e conscientização de todos”, afirma Paula Andrade, vice-presidente de Varejo de Natura &Co América Latina.
Compromisso em risco
Quatro anos após o lançamento do Compromisso, o relatório anual de 2022 mostra que o progresso varia de acordo com o grupo signatário. A parcela de conteúdo reciclado pós-consumo aumentou de 4,8% em 2018 para 10,0% em 2021. Embora tenha levado décadas para as empresas atingirem a marca de 5%, os signatários do Compromisso Global duplicaram para 10% em apenas três anos.
Participação de plástico reciclado – Signatários do Compromisso Global
O relatório ressalta que marcas e varejistas devem continuar a aumentar exponencialmente seu uso de conteúdo reciclado se quiserem atingir a meta agregada de 26% até 2025. Embora algumas empresas estejam no caminho de superar sua meta, outras precisarão acelerar significativamente esse uso para atingi-las.
Muitas empresas têm investido em maneiras de alcançar 100% de reciclabilidade técnica para embalagens plásticas rígidas, mas o benefício desse investimento está sendo sufocado pela infraestrutura inadequada de coleta e triagem em todo o mundo. Outro obstáculo, de acordo com o relatório, são as embalagens plásticas flexíveis, como sachês e películas. A dificuldade de reciclá-las é uma das principais razões pelas quais a maioria das empresas não alcançará sua meta de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.