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O futuro dos cuidados com a pele

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Os produtos para a pele estão cada dia mais eficientes e seguros. Mas como garantir a máxima eficácia dos cosméticos, tanto para a nossa saúde quanto para a do planeta? O futuro do skincare passa pela tecnologia dos micro-organismos, acreditam os especialistas.

“A produção de cosméticos naturais baseados em plantas usa muitos recursos —área de cultivo, água, energia e trabalho humano. Utilizar micro-organismos para fabricar esses ativos substitui plantações e elimina testes em animais”, adianta a farmacêutica Maria Eugênia Ayres.

Os hits da cosmética atual são os peptídeos, originados da quebra de proteínas. Sua produção, acredite, parte de micro-organismos. “Eles são capazes de penetrar em camadas mais profundas da pele”, explica Maria Eugênia.

Prebióticos, substâncias que garantem a sobrevivência e proliferação de bactérias saudáveis para o nosso organismo, também fazem sucesso nos produtos que aplicamos na pele, garantindo a manutenção da microbiota local.

Mais sustentabilidade

As novas tecnologias cosméticas são, sim, importantes para o avanço do skincare e o tratamento personalizado. Mas a gente está cada vez mais buscando por produtos que respeitem a natureza e os animais, com menos impacto ambiental. “Podemos encontrar um ativo redutor de olheiras, edemas, anti-inflamatório e quelante de ferro totalmente natural, cruelty free”, fala a farmacêutica Patrícia França.

Prevenção é a palavra que rege o skincare do futuro. “Ele está pautado em uma cosmetologia científica, funcional e preventiva”, diz Maria Eugênia.

Os cosméticos híbridos são uma das grandes tendências —os nossos queridinhos multifuncionais. Economia de tempo e dinheiro é lei, né? Além disso, teremos os cosméticos em pó, que são uma tendência sustentável muito importante —economizando água, sem perder a eficácia.

Tecidos cosméticos e imunidade da pele

Outra onda que deve vir forte são as associações de empresas cosméticas com indústrias de tecido para produzir os chamados tecidos cosméticos. “Eles são criados com o objetivo de suprir carências ou deficiências da pele”, conta Maria Eugênia.

Finalmente, já se fala bastante de imunocosmetologia, que tem como objetivo o restabelecimento do equilíbrio das funções de defesa da pele. “Ela mantém o sistema imunológico da pele em estado de alerta, além de estimular a reparação dos danos, proteger das agressões e do envelhecimento natural.”

Modificação genética

Usar esse caminho para criação de ativos em laboratório é um dos jeitos do futuro para tratar a pele, utilizando o que há de mais moderno e tecnológico em cosméticos, como células-tronco de origem vegetal e fatores de crescimento.

“Estas substâncias tornam os produtos com ação mais direcionadas e trazem uma capacidade regenerativa superior, atuando na longevidade celular, protegendo e até estimulando o reparo do DNA de células. O principal foco é no fibroblasto, célula responsável pela produção das fibras de sustentação e dos queratinócitos, células da epiderme que fazem parte do mecanismo de proteção”, fala a farmacêutica.

Cremes fermentados

Pré e probióticos já são uma realidade. Eles são criados a partir da fermentação de alguns ingredientes —frutas, plantas, ervas. Com a quebra da estrutura molecular, os nutrientes se tornam mais concentrados, com maior poder de absorção.

“Além disso, o processo pode também produzir aminoácidos e antioxidantes adicionais, que são muito benéficos para a pele. Nosso intestino produz enzimas, mas a nossa pele, não. Por isso o processo enzimático faz os ativos serem mais facilmente absorvidos e funcionais”, finaliza.

Fonte: Universa Uol 10.10.2022

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