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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Ciência e TecnologiaPor que só se fala em peptídeos nos produtos de skin care?

Por que só se fala em peptídeos nos produtos de skin care?

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Um olhar atento já notou que os peptídeos são a bola da vez no skin care e há várias explicações possíveis para aposta da indústria cosmética neste ingrediente.

“Eles são moléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos que compõem as proteínas. A partir daí, são classificados em dipeptídeos, tripeptídeos, tetrapeptídeos, oligopetídeos e polipetídeos”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo.

Mas, calma aí! Não será necessário voltar para a aula de química antes de decifrar tudo isso. O que você precisa saber é o que eles oferecem de tão atrativo. “Entre as propriedades dos peptídeos, está a capacidade de manter o metabolismo em plena atividade, estimulando a troca celular — um processo que envolve a eliminação de células mortas e o surgimento de novas. Além disso, também são estimulam os fibroblastos a produzirem mais colágeno e elastina, auxiliando na prevenção da flacidez e outras consequências da passagem do tempo”, detalha.

Na prática, conte com eles para tudo: da reparação da barreira cutânea, responsável pela prevenção de inflamações e proteção contra patógenos, até a hidratação, melhora geral do tônus e amenização das linhas de expressão. Sim, a versatilidade é real.

Outro ponto-chave é que, diferentemente dos ácidos, como os AHAs (alfa-hidroxiácidos) e o próprio retinóico, que podem oferecer certo nível de agressão às peles mais delicadas, os peptídeos são ativos suaves. “Agradam até mesmo as mais sensíveis, já que possuem alta tolerabilidade”, argumenta Valéria. Para completar, as versões mais recentes, combinadas a partir de tecnologia, também têm maior estabilidade e permeabilidade — ou seja, duram mais no organismo e no frasco, sem perder propriedades importantes.

Beleza, e como incluí-los na rotina de skin care? “Eles estão presentes em diversos produtos, mas a indústria tem apostado no sérum como veículo, porque combina com a pele da brasileira. É leve, fácil de se combinar e de se espalhar, não pesa e não estimulam a oleosidade, além de ter um sensorial gostoso”, afirma o dermatologista Cristiano Kakihara, de São Paulo.

De dia, eles entram após a limpeza e tonificação, como em fórmulas antipoluição e restauradoras, antes do protetor solar. “Já à noite, siga a mesma ordem e finalize, se desejar, com os seus ácidos. Ele vai preparar a pele para isso”, diz a dermatologista Valéria Campos, de São Paulo. Antes de tudo, entretanto, vale analisar junto de um médico de confiança quais são as combinações possíveis para as suas necessidades.

 

 

 

Fonte: Revista Glamour 14.12.2021

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