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Práticas de gestão de inovação impulsionando a inovação em Hard Science

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Por Adelino Nakano

No artigo anterior abordei alguns aspectos técnicos de como podemos usar ferramentas técnicas, científicas e analíticas que podem auxiliar a aceleração de processos de pesquisa e desenvolvimento de produto em áreas que envolvem uma intensa parte de trabalho de laboratório (ou “bancada” como dizemos corriqueiramente). Os segmentos envolvem principalmente o químico, farmacêutico, alimentício, biotecnológico e biológico, mas o racional pode ser estendido para qualquer área na qual a ciência é a base do desenvolvimento.

Os aspectos relativos à gestão possuem influência direta em como as organizações podem influenciar o objetivo, direcionamento e condução de projetos. O que abordaremos aqui serão as técnicas relacionadas à geração de ideias, execução e gestão de projetos.

Antes de mencionar qualquer ferramenta não podemos esquecer de mencionar sobre “estratégia”. Esse termo tem com origem no termo grego strategia, que significa plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Originalmente criado para explicar a arte militar, há um certo tempo é utilizado para definir o racional por trás do mundo corporativo ou organizações para alavancar e direcionar esforços e recursos atrás de um mesmo objetivo.

A estratégia geralmente são de médio ou longo prazo e devem ser claras principalmente no “como fazer”, “quando atingir a meta” e “quem (ou qual área)” será o responsável. Uma maneira bastante didática para se criar uma estratégia é usando a ferramenta SMART, do acrônimo em inglês significando Específico, Mensurável, Atingível, Realista e Temporizável (Specific, Measurable, Attainable, Realistic e Time-Bound) ou seja, que os objetivos precisam ser claros e precisos, com resultados mensuráveis no tempo, possíveis de serem alcançados no tempo determinado e também realistas com as condições de ambiente (mercado, momento econômico, etc).

Outras duas formas que podem ser utilizadas para auxiliar na estratégia são:

# OKR: abreviação de Objectives and Key Results, são métricas que irão acompanhar o alcance do(s) objetivo(s) macro da empresa. Apesar de parecerem apenas métricas e não uma construção estratégica, a elaboração desses parâmetros pode ajudar a pensar nas ações importantes num eixo de tempo de interesse.

# Balanced Scorecard: é uma ferramenta na qual considera 4 perspectivas – financeiro, clientes, processos e aprendizado. Detalhando cada um deles, em termos de objetivos e ações, são criados planos e métricas para acompanhamento da performance.

Com a estratégia estabelecida e o objetivo macro claro para a organização, podemos falar de exemplos de ferramentas que a equipe de P&D (em conjunto ou não com outras áreas) pode utilizar para acelerar sua gestão de projetos. Quando pensamos nesses processos muitas vezes lembramos de exemplos de empresas rápidas e ágeis como uma start-up. Um conceito criado por Eric Ries chamado de Lean Start-up (no livro de mesmo nome) associado a técnicas de geração de ideias e métodos rápidos para buscar desenvolver um mínimo produto viável (MVP) pode ser sumarizado no diagrama abaixo:

Esse diagrama mostra um panorama bastante interessante de como cada ferramenta pode ser utilizada em qual etapa do processo de desenvolvimento de um produto. Modelos mais recentes incorporam também o processo de Growth Hacking (escalonamento do produto) após o processo Agile.

As ferramentas principais representadas aqui são:

# Design Thinking: processo na qual se buscam entender, mapear e desenhar as necessidades e inquietações do cliente ou consumidor final para então trabalhar com métodos de geração de ideias.

# Lean Start-up: buscar trabalhar no processo de elaboração de protótipos através de modo mais simplificado possível para avaliar se o protótipo de produto criado está de acordo com um MVP aceitável.

# Agile: método para dinamizar o processo de adequação, adaptação e inovação incremental de modo mais contínuo.

Apesar de muito bem construído, o diagrama demanda algumas observações:

# ela não deve ser considerada como uma bíblia ou referência que deve ser estritamente seguida e sim como uma sugestão;

# não se aplica a todo e qualquer processo de inovação e desenvolvimento de produtos e sim deve ser adequado a cada situação;

# existem outros métodos para geração de ideias, prototipagem e desenvolvimento;

# os times que trabalham nas distintas etapas devem estar integrados para não haver separação de quem “idealiza” de quem “executa”

Mas, quais as aplicações práticas disso num processo de bancada? Bem, criar uma mentalidade de sempre pensar no objetivo ou uso final da solução que estamos trabalhando é sempre importante. Além disso, muitas vezes o conceito de protótipo em áreas de tecnologia não reflete ao que buscamos em Hard Science, mas quando for aplicável podemos tentar provar de forma mais simples, mecanismos de ação, efeitos e performance de materiais, ingredientes e tecnologias. E, por último, os estudos de aplicação e inovação incremental devem evitar lentidões e burocracias internas de forma a permitir tomar decisões rápidas e flexibilidade para mudar direcionamento de projetos.

É importante ressaltar que existe um certo consenso que para o processo funcionar, as ferramentas são muito mais uma forma de pensar do que apenas métodos – se não houver um entendimento mais profundo do que está por trás de cada etapa e fazer com que os times incorporem a filosofia, pode não funcionar adequadamente.

Como aplicar essas ferramentas mencionadas no meu dia-a-dia? Vou detalhar um pouco mais cada uma delas nas próximas conversas…

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