Em agosto, os preços dos cosméticos apresentaram o maior aumento em quase 16 anos nos EUA, já que o retorno ao escritório e à vida social mantêm a demanda resiliente apesar das pressões inflacionárias.

Os preços dos produtos de maquiagem, perfumaria, banho e para unhas subiram 2,3% em agosto, em comparação com o mês anterior, o maior aumento desde dezembro de 2006.

Comparados com os de um ano atrás, os preços da categoria subiram 4,2%, a maior alta desde 2009.

Os produtos de beleza foram a única categoria do varejo que cresceu com base nas vendas unitárias entre o final de julho de 2021 e este ano, de acordo com os dados da pesquisa de mercado do NPD Group.

Embora outros produtos fora da categoria de itens essenciais tenham apresentado uma redução na demanda à medida que os consumidores lidam com os preços mais altos de alimentos e combustível, os produtos de beleza mantiveram um crescimento sólido, tanto devido ao fato de precisarem ser repostos, como porque muitos americanos estão passando mais tempo fora de casa. Essa procura permitiu que as empresas continuassem a aumentar os preços ao mesmo tempo em que mantinham volumes de vendas maiores.

A Coty, que é dona de marcas como CoverGirl e Sally Hansen, disse no mês passado que iria aumentar os preços mais uma vez e que até agora não sentiu o impacto disso nas vendas unitárias.

“A categoria de produtos de beleza não está mostrando qualquer sinal de desaceleração”, disse a CEO da Coty, Sue Nabi, em uma divulgação de resultados.

Além da demanda resiliente, as margens operacionais na categoria “parecem menos pressionadas, com baixa exposição a commodities, despesas limitadas com transporte e inovação para aumentar as vendas, sobretudo para as marcas premium”, de acordo com um relatório dos analistas de inteligência da Bloomberg Deborah Aitken e Andrea Ferdinando Leggieri.