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Slow beauty e os produtos naturais e sustentáveis no combate à beleza fatal

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A partir da década de 1990, começou a haver uma maior conscientização com uma busca por produtos mais seguros para o ser humano e para o planeta

Sustentabilidade pode ser definida como a capacidade do ser humano em interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras, integrando as questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais.

Isso estimulou uma adequação da indústria e a produção de cosméticos segundo esses conceitos, os chamados cosméticos naturais, cosméticos orgânicos ou biocosméticos, através de um movimento (slow beauty), nascido nos Estados Unidos.

O Brasil ocupa a terceira posição em relação ao mercado mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, perdendo apenas para Estados Unidos e Japão.

Interessante como só agora, como ginecologista, tenho visto no meu dia a dia do consultório a preocupação e divulgação pelos laboratórios de produtos de uso ginecológico sem parabeno.

De acordo com o Food and Drugs Administration (FDA), do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo dos EUA, o parabeno consiste em ésteres derivados do ácido ρ-hidroxibenzóico, que vem sendo usado amplamente como conservante em produtos cosméticos, farmacêuticos, alimentícios e industriais.

Entre os produtos que podem conter parabenos, temos as maquiagens, desodorantes, hidratantes, loções, esmaltes, óleos, loções infantis, produtos para o cabelo, perfumes, tinta para tatuagens e até mesmo cremes de barbear.

Os parabenos são substâncias conservantes que podem ser nocivas, tanto aos pacientes com câncer, quanto a qualquer outra pessoa com a pele lesionada, devendo ser evitados.

Os tipos de parabenos mais comuns são o metilparabeno, o propilparabeno, o etilparabeno e o butilparabeno, com alto poder de conservação e preço mais acessível. Devido à sua solubilidade relativa em água, é o mais frequente ingrediente utilizado em cosméticos e pode apresentar efeito cumulativo pela exposição contínua à derme.

O controle sobre a quantidade de parabenos presentes em cosméticos é bastante rígido. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu como limite as concentrações máximas de 0,4% de cada parabeno e no máximo de 0,8% total no produto cosmético.

A segurança dos parabenos vem sendo contestada nas últimas duas décadas, principalmente devido à desregulação endócrina que produzem, alterando a atividade de hormônios endógenos, bem como a síntese, transporte e metabolismo hormonal.

Quando os compostos prejudicam a função endócrina, eles são denominados desreguladores endócrinos. No caso específico dos estrógenos, há os xenoestrógenos, que são compostos sintéticos capazes de aumentar a síntese do estrógeno endógeno, ou desempenhar funções semelhantes ao mesmo.

Os parabenos apresentam ainda atividades pró-oxidantes na derme, estando relacionados a casos de dermatite alérgica de contato e envelhecimento da pele.

Outros possíveis efeitos atribuídos aos parabenos são no trato reprodutivo e glândulas endócrinas por possuirem atividade estrogênica, estando também relacionados ao câncer de mama.

O câncer é uma patologia crônica caracterizada pelo crescimento de células neoplásicas de forma desordenada, processo esse que ocorre devido à alteração no código genético.

Admite-se que 5% a 10% dessa enfermidade apresenta caráter hereditário e o restante deve-se a danos no material genético que ocorreram ao longo do tempo, os quais podem ter origem física, química ou biológica.

Na fase inicial do processo de carcinogênese, células normais expostas a agentes carcinogênicos sofrem danos no DNA, o que acarreta modificações no seu ciclo celular, deixando as células mais responsivas a estímulos proliferativos e menos responsivas à apoptose (morte celular), devido à inativação de genes supressores e/ou à ativação de oncogenes.

Estrógenos desempenham um papel importante na proliferação do epitélio mamário, tanto normal, quanto neoplásico, com estudos epidemiológicos, experimentais e clínicos confirmando esta associação. Após o hormônio se ligar ao seu receptor celular, ele ativa os genes hormônio-responsivos que promovem a síntese de DNA e a proliferação celular.

Num ritmo acelerado, percebemos um aumento na incidência de câncer de mama que, de acordo com o Ministério da Saúde, não possui razões bem conhecidas.

Os xenoestrógenos estão ligados à carcinogênese e por isso associados ao câncer de mama.

Entre os componentes dos cosméticos, os principais xenoestrógenos são sais de alumínio (presentes em antiperspirantes), triclosan (desodorantes, sabonetes íntimos, deocolônias e conservantes), fragrâncias sintéticas e parabenos (conservantes).

Presente em alguns pesticidas, tambem temos alguns xenoestrógenos capazes de se acumular no organismo através da alimentação como as dioxinas.

Seria esta uma explicação plausível para a suspeita de que o uso de produtos contendo xenoestrógenos pudesse ser uma das causas do aumento do câncer de mama no Brasil e no mundo?

No caso de cosméticos, os desodorantes e cremes hidratantes são aplicados diariamente e mesmo muitas vezes ao dia na área da axila, ao redor da mama, de forma que esta região é exposta, continuamente, a uma grande variedade de xenoestrógenos presentes nesses tipos de cosméticos, os quais são absorvidos por camadas profundas da derme.

Em um estudo realizado durante 21 anos na Inglaterra e Escócia, em mulheres acometidas por câncer de mama, observou-se que a região de maior incidência da patologia foi o quadrante superior, local este de grande aplicação de produtos cosméticos, mas também região com maior densidade mamária.

Em culturas celulares de câncer de mama, baixas concentrações de parabenos atuam estimulando o crecimento celular, quando combinados a outros xenoestrógenos.

Em arquivos de amostras de câncer de mama humano, realizou-se medidas de parabenos e evidenciou-se que o composto estava presente em quantidades abaixo daquela determinada experimentalmente para estimular o crescimento celular.

Em decorrência dos poucos estudos epidemiológicos que relacionam diretamente o uso de desodorantes nas axilas com a ocorrência do câncer de mama, esta hipótese não pode ser confirmada de forma definitiva.

Atualmente, tanto a Sociedade Americana de Câncer (ACS), quanto a Agência Internacional pelo Estudo do Câncer (IARC), que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que não existem provas contundentes que possam relacionar os compostos químicos parabenos com o desenvolvimento de câncer.

Devemos lembrar que, ausência de evidência, não é evidência de ausência, logo você é o responsável pela sua saúde e, por isso, é de grande importância ter um olhar criterioso quanto à escolha do cosmético, sempre levando em consideração a sua composição química.

O paciente oncológico pode ser mais afetado pelos parabenos e, portanto, deve observar a formulação de tudo o que utiliza. Existem produtos especialmente desenvolvidos sem o uso de parabenos para os pacientes em tratamento quimioterápico ou radioterápico.

A Wecare Skin desenvolveu produtos especialmente para pacientes que estão passando por tratamento oncologico, livres de parabenos e outros agentes agressivos, como o Washcare, que é uma espuma de limpeza, que pode ser utilizada para tomar banho, o Moistcare, que é um hidratante corporal livre de parabenos, a ureia, corantes ou fragrâncias, tendo como ativos a aloe vera, a aveia e a camomila.

O consumo sustentável e cuidados com a pele, sobretudo pelo uso de cosméticos, que não atuem de forma agressiva no frágil equilíbrio da pele e tampouco representem riscos para o planeta, levou a uma produção ecologicamente correta, com a utilização, principalmente, de matérias-primas de produtos presentes na biodiversidade de cada país.

Os cosméticos produzidos, segundo esses novos conceitos, são denominados de cosméticos naturais, cosméticos orgânicos ou biocosméticos.

Existem diversas receitas caseiras capazes de substituir os cosméticos de modo eficaz que são feitas com ingredientes 100% naturais e ainda saem bem mais em conta que os cosméticos tradicionais.

O seu médico ou um especialista pode e deve te ajudar a encontrar produtos sustentáveis que não agridam a sua saúde.

Fonte: uai  07.10.2021

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