Top 10 do luxo mundial segundo a ‘Global Powers of Luxury Goods’
A Deloitte – empresa de auditoria e consultoria acaba de divulgar o 5º ranking anual, “Global Powers of Luxury Goods”, que apresenta as 100 maiores empresas de artigos de luxo do mundo com base nas vendas consolidadas do ano fiscal de 2016 (empresas cujo ano fiscal encerrou até junho de 2017). O estudo avalia as tendências e questões que estão impulsionando a indústria de luxo, bem como o desempenho dos setores e das regiões geográficas.
As 100 empresas listadas no ranking faturaram um total de 217 bilhões de dólares, um crescimento de 1% em moeda constante, 5,8% inferior ao crescimento ajustado de 6,8% no ano anterior. 57 dessas empresas aumentaram suas vendas no ano. Os 5 primeiros players do luxo – LVMH, Estée Lauder, Richemont, Luxottica e Kering – reafirmaram suas posições, com exceção da Estée Lauder, que subiu para o segundo lugar, ultrapassando a Richemont, que caiu para o terceiro.
A Itália foi novamente o país com maior número de empresas no ranking (24), seguida por Estados Unidos (13), Reino Unido (10) e França (9). A França, por sua vez, teve a maior participação em vendas, com 24,3%, um aumento de 5.8% em relação ao ano anterior; seguida por Estados Unidos, com 20,1%, um crescimento de 1.7%; e Itália, com 15,6%, um aumento de 1.0%. A China, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos representaram, juntos, 83% das 100 maiores empresas de artigos de luxo e 90% das 100 maiores vendas de artigos de luxo.
Por setor, o de vestuário e calçados foi o que apresentou o maior número de empresas no ranking, 38, apesar de vendas com aumento de apenas 0,2% em relação ao ano anterior. O setor que teve melhor desempenho nas vendas no ano fiscal de 2016 foi o de cosméticos e perfumaria (11 empresas), com aumento de 7,6%, seguido pelo de bolsas e acessórios (9 empresas), com um aumento de 3,4%. Já para o de relógios e joias (31 empresas), o ano foi particularmente difícil, resultando em uma queda de -4% nas vendas.
O Brasil marcou presença no relatório com a varejista Restoque, maior empresa do setor de vestuário e acessórios de alto padrão no país, e proprietária de marcas como Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, John John e Bobô. A empresa registrou um lucro liquido de 33,1 milhões de reais em 2017, e apareceu no 80º lugar do ranking. A Restoque e a japonesa Sanyo Shokai foram as únicas empresas do ranking que relataram uma perda líquida.
O relatório destacou que 2016 foi um ano muito desafiador para o mercado de luxo brasileiro e o crescimento que muitas empresas e varejistas esperavam não se concretizou em 2017. Ele ressaltou que as crises políticas e econômicas afetaram o consumo de artigos de luxo, que teve queda pelo segundo ano consecutivo. Segundo a Deloitte, o ano de 2018 deverá apresentar um cenário econômico melhor para as vendas de artigos de luxo no Brasil.
“O mercado de luxo se recuperou da incerteza econômica e das crises geopolíticas, aproximando-se das vendas anuais de 1 trilhão de dólares no final de 2017”. “A indústria de bens de luxo enfrentou uma série de mudanças nas últimas duas décadas. Atualmente, as tendências econômicas variadas, a rápida transformação digital e as preferências e gostos dos consumidores estão criando um novo cenário competitivo, onde as estratégias corporativas tradicionais estão sob ameaça”.
Patrizia Arienti ressaltou que as perspectivas para 2018 são bastante positivas, embora a volatilidade possa ameaçar a expansão do mercado. “O crescimento da indústria de bens de luxo continuará, ao contrário de vários outros setores. No entanto, para voltar a uma taxa estável e sólida de crescimento de vendas, os jogadores de luxo têm que enfrentar novos desafios e lidar com eles de uma forma decisiva”.
Fonte: Web Luxo