Vendas online da indústria de luxo podem representar 30% em 2025
Nada menos que 71% dos gestores da indústria de luxo acredita que o seu negócio digital crescerá 20% ou mais, em 2021, de acordo com a análise da digitalização do setor realizada pela McKinsey & Company, em colaboração com o Círculo Fortuny, que confirma o compromisso do setor com o comércio eletrônico.
Especificamente, as vendas online do setor passaram a representar 23% do total, em 2020, face aos 12%, em 2019, e estima-se que venham a representar 30%, em 2025. De acordo com pesquisas com consumidores da Europa e da América do Norte realizadas pela McKinsey, entre 70% e 80% dos consumidores pretende comprar menos no canal físico e entre 30% e 40% indicou que compraria mais de forma online.
O partner na McKinsey que lidera a área de consumo, Ignacio Marcos, sublinha que uma percentagem das vendas offline poderá migrar, de forma permanente, para o canal online, no qual as empresas devem focar-se no presente e no futuro. “A crise tem atuado como um catalisador para a adoção digital, a estratégia de oferta e a inovação. Neste novo ambiente, o setor de produtos de luxo deve transformar-se, não só para ser mais responsável e sustentável, mas também mais digital”, explica.
Mais do que vender online
No entanto, tanto o Círculo Fortuny quanto a McKinsey alertam que a transformação digital é muito mais do que vender online. “A digitalização envolve a transformação do modelo operacional das empresas”, destaca Carlos Sánchez Altable, associate partner na McKinsey.
Por sua vez, a presidente do Círculo Fortuny, Xandra Falcó, destaca a importância de apostar no online: “A digitalização vai definir o futuro mais próximo do nosso sector, assumindo 30% do negócio em apenas cinco anos”, lembra. “O impacto da pandemia no comportamento do consumidor une-se às novas gerações. As empresas que pretendem posicionar-se como líderes devem transformar o seu negócio para a digitalização por completo, de forma estrutural, garantindo também aquela experiência única que o cliente procura e que a indústria de excelência sempre deu. A digitalização é agora ou nunca”, frisa.
Fonte: Grande Consumo 19.02.2021