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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.Internacional RadarColágeno e sebo bovino impulsionam novas demandas no skincare

Colágeno e sebo bovino impulsionam novas demandas no skincare

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Enquanto o colágeno se consolida como favorito entre consumidores jovens em busca de viço e firmeza, o sebo bovino surpreende com ascensão meteórica graças à influência digital — sinalizando uma virada nas preferências por texturas ricas e minimalismo funcional.

A paisagem do skincare nos Estados Unidos vive um momento de reconfiguração marcado por uma dicotomia intrigante: de um lado, o colágeno, um clássico biomimético associado à juventude e firmeza da pele, ganha nova vida entre consumidores da Geração Z. Do outro, o inesperado sebo bovino, outrora restrito à indústria alimentícia, ascende como ingrediente de culto impulsionado pela viralização nas redes sociais.

De acordo com dados recentes do Índice de Popularidade da Spate, o colágeno apresentou um crescimento de 36,6% no interesse geral em relação ao ano anterior, com destaque para o TikTok, onde o aumento foi de 37,2%. A proteína, naturalmente presente na pele e responsável por sua estrutura e elasticidade, tem despertado atenção renovada não apenas entre consumidores maduros, mas também entre jovens que buscam a estética “plump” — pele viçosa, hidratada e com aparência orvalhada.

Essa mudança de perfil demográfico tem sido reforçada pelo sucesso de marcas coreanas como Medicube e Biodance, cujas máscaras faciais de colágeno viralizaram nas redes. A migração das tendências do TikTok para as buscas no Google reforça a conexão entre influência digital e conversão em intenção de compra. Além das máscaras, crescem também buscas por cremes e suplementos com colágeno, refletindo a abertura do consumidor a novos formatos e experiências sensoriais.

No extremo oposto do espectro cosmético, o sebo bovino — gordura animal extraída do tecido adiposo de vacas — emerge como um fenômeno curioso. A propulsora do movimento foi a influenciadora Nara Smith, que compartilhou seu uso do ingrediente como hidratante natural. O impacto foi imediato: crescimento de mais de 1.000% nas buscas por “sebo bovino” em todas as plataformas, alimentando tanto o fascínio quanto o ceticismo.

Essa ascensão está inserida em uma tendência mais ampla de “back to basics”, onde consumidores rejeitam rotinas multietapas e buscam fórmulas simples, densas e percebidas como mais naturais. Pequenas marcas artesanais como Evil Goods e Terra Lotus aparecem entre os primeiros players a explorar comercialmente o ingrediente. A demanda crescente por tutoriais e receitas caseiras também destaca o desejo por autenticidade e controle na formulação.

Contudo, a popularização do sebo bovino levanta questões importantes para a indústria: há preocupações éticas, ambientais e científicas ainda não resolvidas. Especialistas apontam que, apesar da alta em menções e buscas, não há validação clínica consolidada quanto aos reais benefícios do sebo bovino para a pele, tampouco diretrizes sobre sua sustentabilidade em larga escala.

Apesar disso, a tendência revela algo maior: o retorno das formulações ricas, amanteigadas e sensoriais, em contraste com a estética gelificada e leve da última década. A indústria, portanto, se vê diante de um paradoxo: como atender a um consumidor cada vez mais informado e polarizado — entre o luxo da biotecnologia e a nostalgia da gordura animal?

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