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DuPont renasce de olho em aquisições e expansão global

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Três anos e meio depois do anúncio da fusão de US$ 130 bilhões com a Dow Chemical, a DuPont iniciou na segunda-feira (3) uma nova fase em sua história de mais de 200 anos. Com a conclusão da segregação da DowDuPont em três empresas de capital aberto independentes, neste fim de semana, a “nova” DuPont começa a ser negociada hoje na Bolsa de Nova York (Nyse), com vendas anuais de US$ 22,6 bilhões e a perspectiva de aceleração do crescimento do negócio de materiais e ingredientes especiais.

A união entre duas das maiores e mais antigas indústrias químicas do mundo é resultado do ciclo de consolidação e especialização que o setor tem experimentado nos últimos anos. Num primeiro momento, deu origem a um gigante com vendas anuais de US$ 83 bilhões, mas já se sabia que seus ativos seriam reorganizados em três companhias distintas: de ciências materiais (a maior delas), de agricultura e de produtos especiais.

Em 1º de abril, a “nova” Dow Chemical, que ficou com a química de maior escala, como petroquímica, já havia reiniciado carreira solo. Agora, DuPont e Corteva Agriscience, da área agrícola, passam a ser independentes também. Na DuPont, enquanto o presidente Marc Doyle estiver tocando o sino de encerramento dos negócios na Nyse, os funcionários no Brasil estarão celebrando o “Dia 1”.

Globalmente, o comando da DuPont já indicou que está atento a oportunidades de aquisição, que podem ter reflexo nas regiões em que está presente, incluindo o Brasil. No país, a companhia americana já se prepara para o futuro, com ou sem a compra de ativos pela matriz.

Diante da previsão de crescimento dos negócios e da equipe, a sede local será transferida do escritório que a partir de 2020 abrigará apenas a Corteva para outra área, também em Alphaville, no município de Barueri (SP).

“Temos um plano de crescimento que não poderia ser absorvido pela área atual”, explicou ao Valor o presidente da DuPont no país, Zacarias Karacristo. Hoje, são em torno de 700 funcionários e três fábricas – duas de ingredientes para alimentos, no Rio Grande do Sul e em São Paulo, e uma de adesivos especiais para a indústria automotiva, em Pindamonhangaba (SP), que pertencia à “antiga” Dow. No mundo, são 32 mil empregados, cerca de 200 unidades fabris e presença em mais de 70 países.

O novo edifício-sede terá oito andares e está sendo construído sob medida (“built to suit”) pela Tishman Speyer, com investimentos de R$ 170 milhões. A DuPont tem um contrato de locação de longo prazo com a Tishman e vai aportar outros R$ 60 milhões, entre outras finalidades, para equipar laboratórios de aplicação e reunir em um mesmo local laboratórios que hoje estão em outras cidades. No total, a companhia americana tem mais de dez centros de pesquisa e inovação no mundo, um deles no Brasil.

A América Latina, incluindo o México, representa 8% das vendas globais. A operação brasileira, cuja receita não é divulgada, é a maior na região e conta com as quatro unidades de negócio da DuPont: nutrição, transportes e polímeros avançados, construção e segurança e eletrônicos e imagem. Um dos ícones da companhia é o Kevlar, um tecido desenvolvido pela companhia há mais de 50 anos que é usado em equipamentos de proteção, coletes à prova de bala, trajes especiais da Nasa e blindagem automotiva, entre outras aplicações.

Com base global e portfólio diversificado, disse Karacristo, a companhia, que desde de 1º de janeiro já opera internamente como empresa independente, tem conseguido driblar as tensões comerciais no exterior e a fraqueza da economia brasileira. “Olhando para dentro da empresa, o ganho com a nova estrutura é pode tomar as decisões com foco em um negócio mais homeogêneo”, disse o executivo. “Externamente, o investidor entende que não é mais um conglomerado com muitos negócios diferentes”.

Como resultado da fusão, o portfólio da DuPont também cresceu após a redistribuição de ativos. Foram incorporados os segmentos de aditivos para silicone da Dow Corning e de produtos farmacêuticos, como ingredientes que levam a tecnologia de dispersão controlada de medicamentos. O mercado de probióticos, acrescentou o executivo, é um ramo para o qual a “nova” companhia “olha com carinho” por causa do potencial de crescimento em todo mundo.

Além disso, a amplitude geográfica da DuPont e o fato de atuar em nichos de mercado com especialidades contribuem para os negócios sintam menos as turbulências externas. No país, transportes e alimentos são as duas grandes áreas de atuação da companhia, acompanhando o perfil da indústria local. “Queremos crescer. Estamos investindo em uma base forte de crescimento, mesmo que a economia não responda conforme o esperado num primeiro momento”. No entanto, observa o executivo: “A correlação com o PIB não é direta”.

Fonte: Valor Econômico 03.06.2019

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