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Empresas do setor de cosméticos lideram ranking de Responsabilidade ESG

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Natura, Grupo Boticário e Avon se destacam no levantamento da espanhola Merco, que mapeou como as empresas com presença no Brasil são avaliadas perante seu público e sociedade

Qual organização não gosta de ser bem avaliada pelo seu público e pela população em geral? Medir como uma companhia é vista em relação à sustentabilidade é justamente o objetivo da pesquisa Responsabilidade ESG, feita desde 2013 no país pela espanhola Mercor, que realiza levantamentos sobre reputação de empresas. E quem tem se saído melhor na foto é a companhia de cosméticos e beleza Natura, que alcançou pela oitava vez o topo do ranking, no qual estão listadas 100 corporações de vários setores com presença no Brasil, incluindo multinacionais. Neste ano, a pesquisa obtida e divulgada com exclusividade pelo Prática ESG trouxe uma novidade: apresenta como as analisadas performam em questões ambientais, sociais e de governança separadamente. E, em cada um desses três quesitos, a Natura também ficou no topo do pódio.

No ranking geral, os cinco primeiros lugares são ocupados, além da Natura, pelo Grupo Boticário, em segundo, com a empresa de bebidas Ambev logo atrás, seguida pela varejista Magazine Luiza e Avon, que faz parte do grupo Natura&Co. Boticário e Avon também são focadas no segmento de cosméticos e beleza. São essas mesmas organizações que ocupam as cinco primeiras posições, mas não necessariamente na mesma ordem, nas listas das mais responsáveis com o Meio Ambiente (o “E” de ESG), público interno, clientes e sociedade (o “S”), e em nível ético e de governança (o “G”).

Os frutos de patauá, da Reserva Extrativista Médio Juruá (AM), são usados como matéria-prima pela Natura

Quando se considera o top 5, o setor de cosméticos e perfumaria faz bonito: está em três das cinco posições. “Além da liderança da Natura, está na segunda posição o Grupo Boticário e na 5ª, a Avon. No ranking aberto pelas três variáveis, o que torna a medição ainda mais abrangente, o setor também está no top 5, nos rankings E – Environmental, S – Social e G – Governance, o que demonstra um resultado consistente do setor e o reconhecimento pelos diferentes stakholders”, diz Lylian Brandão, CEO da Merco no Brasil.

Para a Natura, seu desempenho é um reconhecimento às suas práticas para fazer valer seus compromissos socioambientais. “A Natura foi pioneira ao desenvolver um modelo de negócios que busca a valorização da economia da floresta em pé a partir da união entre ciência, natureza e conhecimento tradicional, estabelecendo assim um círculo virtuoso baseado na sociobiodiversidade”, afirma Denise Hills, diretora de Sustentabilidade da Natura &Co América Latina. “E, nas últimas décadas, evoluímos em nossos compromissos com a conservação e regeneração ambiental, com a diversidade e com a educação”, diz.

Um exemplo vem da Linha Ekos, com a qual a empresa promove, há mais de 20 anos, o desenvolvimento de negócios sustentáveis, valorizando a conservação do meio ambiente e apoiando populações da Amazônia, com a criação de produtos que priorizam em suas fórmulas o uso de bioingredientes, de fontes renováveis. “Com esse modelo pioneiro, desde 2011 a Natura já movimentou R$ 2,55 bilhões em volume de negócios na região”, diz Hills. “Temos a convicção de que a reputação de uma empresa está diretamente conectada à sua capacidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade”, acrescenta.

Farmácias
A CEO da Merco chama a atenção para a forte presença brasileira no ranking, rivalizando com multinacionais. Segundo Brandão, metade é composta por empresas nacionais. “É uma participação importante”, afirma. Ela avalia que a proximidade com a comunidade, a preocupação com o meio ambiente que essas empresas transmitem, bem como em relação a stakeholders, além do conhecimento do mercado contribuem para o bom posicionamento delas.

O Brasil, aliás, apresenta uma peculiaridade em relação a outras nações, a presença de farmácias no ranking. “É um reflexo da dinâmica de cada local”, observa a executiva. Fazem parte da lista Ultrafarma, Raia Drogasil e Grupo DPSP, dono da Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco.

O diretor comercial da Ultrafarma, Mário César, avalia que o varejo farmacêutico é muito presente na vida do brasileiro, o que leva a uma relação de proximidade com o consumidor. Ele calcula que existam 80.000 farmácias no país e alcance maior do que a Europa, onde esse comércio é mais restrito a medicamentos. As lojas aqui vendem também cosméticos, produtos de bem-estar e nutrição funcional, entre outros. Segundo ele, a pandemia fortaleceu essa ligação, com a intensificação da busca por cuidados com a saúde. “O varejo farmacêutico no Brasil tem a agilidade de estar presente em vários momentos da jornada da pessoa, desde bebê até o idoso”, diz César.

Segundo ele, a Ultrafarma tem a proximidade com as comunidades em seu DNA. “Quando se fala na nessas três letras, o E, o S e o G, a Ultrafarma de fato é bem atuante na área social, com projetos com entidades assistenciais e religiosas”, declara. E cita a parceria com o projeto Seleção do Bem, desenvolvido no Rio Grande do Sul pelo ex-jogador e ex-capitão da seleção brasileira de futebol Dunga. Durante a pandemia, o projeto social organizou em Porto Alegre mutirões de doação, reformas e voluntariado.

Mas a atuação da empresa nessa área vem desde o início de suas atividades, de acordo com César. Cita um centro social para desenvolver ações para o público idoso ainda no início das atividades da Ultrafarma. “Existem várias iniciativas que a Ultrafarma faz de longa data, que foram construindo na cabeça do consumidor a percepção de que é uma empresa com responsabilidade social.”

Para além das 100 primeiras empresas do ranking de responsabilidade da Merco, quando se amplia a mostra para 200 organizações de um total de 500 analisadas, é possível perceber quais setores estão melhorando a performance, de acordo com a CEO da Merco. É o caso do agronegócio, que tem duas representantes na listagem com a primeira centena, mas somam 12 companhias na representação maior. “É um setor que está sendo lembrado. E é um crescimento exponencial”, afirma.

Se de um lado há indicação de evolução, de outro, há o caso da Petrobras, que caiu da 29ª posição em 2020 para 87ª em 2021. Procurada pelo Prática ESG, a empresa não se pronunciou até a conclusão da reportagem.

Metodologia
Realizado pela Merco, que produz levantamentos sobre reputação de empresas, o Ranking Responsabilidade ESG busca fazer uma avaliação global a partir de 14 fontes de informação, segundo a empresa. Nesta edição, foram feitas 2.311 entrevistas.

A pesquisa: O ranking Responsabilidade ESG foi compilado a partir de uma pesquisa de campo realizada entre julho de 2021 e abril deste ano.

O pontapé inicial: Entrevistas com membros da alta direção de empresas com faturamento superior a R$ 40 milhões. Nesta oitava edição foram ouvidos 374 diretores, que escolheram as 10 empresas que consideram as mais responsáveis, excetuando as deles próprios.

Lista inicial: A partir dessas indicações foram selecionadas 500 empresas, a partir de filtros como a quantidade de vezes que são mencionadas e o lugar que ocupam nas 10 menções de cada um dos diretores

Stakeholders: Em seguida, 393 stakeholders avaliam, com notas de 0 a 100, cada uma das empresas nas variáveis em que são especialistas, a partir de questões diversas como compromissos com o meio ambiente e mudanças climáticas, responsabilidade com funcionários, contribuições à sociedade, transparência e ética, por exemplo.

O time: O grupo de stakeholders foi composto por 42 pessoas com conhecimento em RSC (responsabilidade social corporativa), 58 analistas financeiros, 40 jornalistas de economia, 50 membros do governo, 61 representantes de ONGs, 51 participantes de sindicatos, 38 membros de associação de consumidores e 53 social media managers.

Cidadãos: A população em geral, representada por 1.500 pessoas, avaliou a ética, os compromissos ecológico e social, além da atratividade para trabalhar.

Varredura: Nesta etapa, técnicos e usuários varrem mídias digitais para verificar a presença e a conversação sobre as empresas avaliadas nas dimensões ética, social e ambiental. Verificam se as menções são positivas, negativas ou neutras. O trabalho é feito em conjunto com a empresa Nethodology

Informações: Por último, as empresas fornecem dados reais sobre elas envolvendo o universo de práticas ESG.

Méritos: Técnicos da Merco é que avaliaram os méritos de responsabilidade das 500 empresas do ranking provisório.

Resultados: A pontuação final resulta da soma das notas e da ponderação feita a partir do peso de cada público. Assim, a avaliação dos diretores tem peso de 20%, a dos especialistas, 50%, população e Merco Digital, 16% cada, e avaliação de méritos, 14%.

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico 29.06.2022

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