A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu uma nota técnica sobre o uso de exossomos em tratamentos dermatológicos, destacando a crescente popularidade e o potencial terapêutico desses compostos, ao mesmo tempo em que alerta sobre a correta aplicação e regulamentação. Os exossomos, vesículas extracelulares que desempenham um papel importante na comunicação entre células, têm sido amplamente estudados pelo seu impacto positivo em processos de regeneração da pele, redução da inflamação e cicatrização de feridas.
No entanto, a SBD enfatiza que, no Brasil, produtos à base de exossomos são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como cosméticos de uso tópico. Isso significa que, mesmo com os avanços científicos, seu uso é restrito a aplicações tópicas, excluindo qualquer forma de aplicação injetável, independentemente da técnica ou da indicação terapêutica. A SBD reforça que o uso de exossomos fora dessa regulamentação pode colocar em risco a segurança dos pacientes e está em desacordo com as normas vigentes.
A entidade ainda afirma que está em diálogo constante com a ANVISA e o Conselho Federal de Medicina (CFM), visando garantir a segurança dos pacientes e proteger o direito ao exercício profissional dos dermatologistas. A SBD reforça o compromisso com práticas baseadas em evidências científicas robustas, alertando para o uso seguro e responsável dos exossomos, conforme determina a regulamentação.
O alerta surge em um momento de crescente interesse por novos tratamentos dermatológicos, e a SBD reafirma a necessidade de seguir estritamente as orientações regulamentares para promover a saúde e bem-estar dos pacientes, garantindo a segurança e eficácia dos tratamentos.