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Cosmetic Innovation - Know More. Create More.ColunistasMaquiagem na Era Ultra-HD – Parte 2

Maquiagem na Era Ultra-HD – Parte 2

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Por Isabella Borges

Prezados leitores, após todo o conteúdo exposto no primeiro artigo sobre maquiagem ultra –HD e a grande importância dos pigmentos revestidos nesta maquiagem, vamos avançar para os outros pilares desta formulação. Na leitura de hoje nosso foco serão os fillers e microesferas. Os benefícios destas partículas são: melhoria no sensorial, efeito soft-focus, controle de oleosidade e efeito radiante.

Leia o primeiro artigo: Maquiagem na Era Ultra-HD – Parte 1

·         Segundo Pilar: Difusores Ópticos para um acabamento de pele perfeita

Microesferas / Fillers: são partículas, geralmente esféricas, na faixa micron (1 a 20  µm). Sua composição pode ser de diferentes materiais: Minerais (sílica), polímeros (poliuretano, PMMA, polietileno, nylon, silicone).

O tamanho, morfologia e a distribuição do tamanho da partícula, bem como a natureza do material influenciam de forma decisiva no sensorial do produto, assim como na aderência e espalhabilidade de um filme cosmético.

Os difusores ópticos precisam promover o que chamamos de efeito soft-focus/blur. As imperfeições da pele são visíveis porque a luz não é refletida para fora delas (Fig 1). O que gera áreas de grande contraste com o restante da pele. Sendo assim podemos entender que para uma partícula proporcionar um efeito soft-focus, ela precisa ter a capacidade óptica de reduzir o contraste das linhas de expressão para mascarar as imperfeições, o que é desejável em uma maquiagem ultra-HD.

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O efeito soft-focus depende da interação da microesfera com o meio/fórmula, sendo assim não existe uma microesfera perfeita para qualquer sistema cosmético, e sim a microesfera ideal para cada fórmula, pois a performance da partícula está diretamente relacionada com a diferença do índice de refração da microesfera em relação ao meio. 

Índice de Refração (IR): IR idênticos promoverão um filme transparente que não tem a capacidade de difusão de luz, em contrapartida diferenças grandes no IR irão gerar opacidade. Conclui-se que para obter o melhor soft-focus (dispersão de luz das partículas), é necessário uma pequena diferença na equação: IR partícula – IR do meio/fórmula.

Exemplo: Uma partícula de Polymethylsilsesquioxane com IR de 1.41 quando adicionado em um meio de dimethicone (IR= 1.41) irá promover um filme transparente, sem difusão de luz e sem soft-focus. A mesma partícula quando adicionado em um meio de éster (IR =1.48), terá uma excelente difusão óptica a uma determinada concentração devido a esta diferença de IR entre partícula e meio. (Fig 2).

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Fig 2: Delrieu,P. Soft-Focus-Poster; Kobo-NYSCC2012

Outros fatores também são importantes quando se fala em efeito soft-focus, tais como: distribuição do tamanho das partículas, porosidade e concentração de partículas. O importante é encontrar a concentração ideal que gera o maior efeito soft-focus /blur sem opacidade.

Para alcançar o efeito HD, deve-se testar inúmeras partículas em veículos distintos a fim de obter a melhor difusão óptica sem opacidade, pois o efeito natural é imprescindível para a maquiagem perfeita.

·         Terceiro Pilar: Partículas que refletem a luz para promover uma pele radiante e devolver o viço da pele.

Embora o efeito mate seja um dos apelos mais utilizados em produtos para face no Brasil, é importante ter em mente que para a pele ter uma aparência saudável ela precisa ter seu brilho natural, que também chamamos de viço. O envelhecimento cutâneo deixa a pele opaca e sem viço, e ao utilizar uma maquiagem ultra-HD consegue-se devolver esta luminosidade e brilho natural da pele com partículas que refletem a luz, tais como: mica, sericita, pigmentos perolados e complexos de mica/microesferas.

Estas partículas em um filme cosmético refletem a luz incidente e promovem um efeito radiante e iluminador quando utilizadas em baixos percentuais dentro de uma formulação. Exemplo: de 0,5% até 3% dependendo da partícula e reflexão da mesma. Veja figura 3.

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Fig 3: Efeito Radiante: Partículas de pigmentos perolados de 25 microns. (Delrieu,P;Shao,Y. SCCTechShowcase)

Altas concentrações de fillers e microesferas podem deixar a pele extremamente opaca e sem brilho, o que pode ser desejado para um efeito mate, mas não para um efeito ultra-HD. Uma maquiagem extremamente mate/opaca promove um efeito artificial com as câmeras de alta definição.

Para atingir este equilíbrio entre controle de oleosidade e viço, a maquiagem ultra-HD deve ser testada com diferentes partículas para um balanço na equação: microesferas/fillers + partículas refletoras de luz.

Ao utilizar micas e pigmentos perolados, o formulador deve tomar cuidado para escolher um menor tamanho de partícula para alcançar apenas radiância e não cintilância.

·         Quarto Pilar: Emulsão geralmente em A/Si para promover excelente espalhabilidade, aplicação uniforme e secagem rápida.

O sistema emulsionante é a base para uma fórmula ultra-HD perfeita. Quando falamos em emulsões faciais, é importante que o pigmento esteja na fase externa da formulação para que o tom do produto seja o mesmo do tom da aplicação, evitando um efeito artificial depois de seco e o escurecimento da cor ao longo do dia.

Conforme explicado anteriormente, para alcançar o efeito ultra-HD e longa duração precisamos trabalhar com pigmentos hidrofóbicos, sendo assim é desejável que a fase externa seja oleosa para molhar e dispersar facilmente estes pigmentos tratados.

A emulsão óleo em água (O/A) muito utilizada no Brasil, devido ao custo e sensorial mais leve para a pele da brasileira, não é o sistema indicado para as formulações HD pois elas são mais viscosas, mudam de cor e não espalham de forma homogênea.

Desta forma é aconselhável um sistema de emulsão água em óleo (A/O) ou água em silicone (A/Si) pois o tempo de secagem é melhor, a aplicação é mais fácil, mais homogênea e conseguimos fórmulas fluidas que são ideais para serem aplicadas nos aerógrafos ou esponjas especiais para formulações ultra –HD.

Para um acabamento perfeito a fórmula precisa ser aplicada de forma correta e por isso foram desenvolvidos aplicadores específicos para este tipo de maquiagem. O aerógrafo é uma técnica de maquiagem utilizada por meio de uma pequena pistola ligada a um compressor de ar que produz jatos desta base HD extremamente fluida, que quando aplicados, formam uma película com ótima aderência, super uniforme e natural.  (Fig 5)

Fig 5: Aerógrafo/Airbrush

Fig 5: Aerógrafo/Airbrush

Também estão disponíveis no mercado esponjas e aplicadores que facilitam a aderência deste tipo de formulação através da deposição de micro camadas na superfície da pele. ( Fig 6)

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Fig 6: Esponjas e aplicadores para maquiagem ultra-HD

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